Ex-advogado da Odebrecht, Tacla Duran cita Diogo Mainardi ao falar da seletividade da Lava Jato

"Existem pagamentos mapeados por perícias da Polícia Federal e o próprio video do Henrique Valadares que envolve o jornalista e isso nunca foi investigado", disse Duran.

Fot: Reprodução / TV Câmara
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O ex-advogado da Odebrecht, Rodrigo Tacla Duran, abordou a seletividade da Operação Lava Jato. Ele citou o jornalista Diogo Mainardi, do site O Antagonista, e as empresas de comunicação PVR Marketing e Propaganda e Empiricus como exemplos de casos de citados por delatores e que não são investigados. Ele prestou depoimento nesta terça-feira na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. "Não sei se é o caso de proteção ou não, mas trata-se de seletividade. Há o caso do jornalista Diogo Mainardi, do Antagonista, que foi delatado por um funcionário de alto escalão da Odebrecht que é o Henrique Valadares. Nós não vimos nenhuma investigação aberta contra o jornalista ou contra a PVR ou contra a Empiricus aberta em Curitiba", disse Tacla Duran "Existem pagamentos mapeados por perícias da Polícia Federal e o próprio video do Henrique Valadares que envolve o jornalista e isso nunca foi investigado", completou Duran. Duran trouxe o caso do doleiro Dario Messer, citado em esquemas de corrupção no Brasil e no exterior e que não foi denunciado na Lava Jato em Curitiba. Duran afirma que Messer tinha acesso ao sistema de planilhas da Odebrecht e que as planilhas da Odebrecht foram manipuladas antes de serem apreendidas pela Polícia Federal. "Eu afirmo que o sistema do banco foi fraudado, onde as transferências internas foram adulteradas. Houve manipulação anterior por conta do sistema ser apreendido". O administrador do sistema, Paulo Sérgio, perguntava se o que se precisava já tinha sido salvo, porque seria apagado", declarou.