FMI prevê recessão em nove dos países mais ricos

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O Fundo Monetário Internacional anunciou a revisão das suas projeções de evolução da economia mundial, prevendo agora que os países desenvolvidos deverão atravessar uma contração de 0,3% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Há um mês, o Fundo previa para estes países um crescimento de 0,5%. A instituição recorda que esta é a primeira vez, no pós-Segunda Guerra Mundial, que as economias desenvolvidas entram em contração da riqueza. Para nove das maiores economias mundiais - EUA, Alemanha, Reino Unido, França, Espanha e Japão -, o FMI projeta quedas do PIB que vão dos 0,7% dos EUA aos 1,3% do Reino Unido.

Para os países em desenvolvimento, o FMI prevê agora um crescimento de 5,1% em 2009, contra os 6,1% de crescimento previstos há um mês. A China deverá continuar a ser um dos motores deste crescimento, com 8,5% em 2009. Para o Brasil, a previsão é de um crescimento de 3% no mesmo ano.

O FMI também mudou a previsão para a média do preço do barril de petróleo, dos 100 dólares para os 68, para refletir a recente queda nos preços do produto.

O Fundo afirma que, em relação a todas as medidas que já foram anunciadas para lidar com a crise, há a "necessidade de um estímulo às políticas macroeconómicas de apoio ao crescimento e capazes de garantir um ambiente adequado para restaurar a saúde dos sectores financeiros".

A instituição considera que as políticas para o setor financeiro também podem ser "reforçadas, esclarecidas e melhor coordenadas e, assim, estimular uma recuperação mais rápida dos empréstimos e da procura".

BCE baixa juros

Nesta quinta-feira, o Banco Central Europeu anunciou a redução da sua principal taxa de juros em meio ponto percentual, para 3,25%, ao mesmo tempo que o Banco da Inglaterra anunciava um corte de 1,5 pontos percentuais, passando a taxa de juros para 3% - o nível mais baixo desde 1950

Foi a segunda redução decidida pelo BCE no espaço de um mês. Em 8 de Outubro, o BCE tinha já baixado a taxa em 0,5%.

Recorde-se que ainda em Julho o BCE anunciava a subida dos juros, alegando que a medida era necessária para combater a inflação.

Publicado originalmente noEsquerda.net