Governador Wilson Witzel é vaiado e ouve gritos de 'ladrão' em evento no Rio de Janeiro

Investigado por desvios de verba e alvo de processo de impeachment, ele disse que hospital de campanha é problema da secretaria de Saúde

Wilson Witzel (Foto: Tânia Rego/Agência Brasil)
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O governador Wilson Witzel (PSC) foi vaiado por trabalhadores, que também entoaram gritos de "ladrão", ao chegar em evento neste sábado (18) na Ceasa, em Irajá, zona norte do Rio de Janeiro. Questionado sobre o fechamento dos hospitais de campanha, ele disse que a pergunta deveria ser direcionada para o secretário de Saúde do estado, Alex Bousquet.

"Isso que você tem que perguntar para o secretário de saúde. Tudo que fiz como governador para resolver o problema da pandemia foi pautado na opinião de especialistas. Nossa secretaria de Saúde investiu 12% do orçamento, no ano passado, e o percentual será superado este ano. Se compararmos os investimentos e o que está sendo apurado agora de irregularidade, o número apontado é menor do que a imprensa mostra", afirmou Witzel.

Os pacientes dos hospitais de campanha começaram a ser transferidos para outras unidades na última sexta-feira (17). Investigado por desvios de verba pública na Saúde e alvo de um processo de impeachment na Assembleia Legislativa do Rio, Witzel afirmou que os hospitais de campanha são problemas da secretaria de Saúde.

"Se eu tiver que tomar medidas para responsabilizar quem tomou decisão errada, vou buscar outros especialistas. Quando fazemos um plano, existe sempre a possibilidade de erro. Fazendo uma avaliação da política de saúde, vislumbro que acertamos muito mais que erramos. E o que foi feito de errado tem que ser corrigido", disse o governador.

Witzel se exaltou ao se defender de acusações que vem recebendo, durante discurso no evento, na presença de comerciantes e alguns apoiadores.

"Eu não tenho apego a bens materiais. Pelo amor de Deus, entendam isso. Eu não tenho apego a carro, nem carro eu tenho. Não tenho apego a avião, jato. Não tenho apego a dinheiro. O único tesouro que me interessa e eu quero levar para o meu túmulo, deixar para as próximas gerações, ninguém vai tirar de mim. São princípios que meu pai me deu, minha mãe me deu e minha igreja me deu: a honestidade", afirmou.