Governo paulista oferece vagas em albergues para despejados

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Cerca de 570 famílias despejadas continuam acampadas em frente ao terreno onde era organizado o acampamento Olga Benário, destruído pela Polícia Militar (PM) nesta segunda-feira (24), no Parque do Engenho, zona sul da cidade de São Paulo.

A alternativa habitacional foi anunciada pelo assessor da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU), Antonio Lajarin. O representante do governo também ofereceu cestas básicas e colchonetes - doados pela Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social. O coordenador da Frente de Luta por Moradia, Osmar Borges, criticou a ação.

“Não dá para o Estado tratar essa situação como se fosse população em situação de rua. Albergue não dá para ser tratado como política habitacional. Nós não aceitamos porque já havia, inclusive, um acordo com a CDHU e a prefeitura de tentar uma verba de emergência para atender as famílias até que tivesse uma saída.”

Em solidariedade, a Organização Não-Governamental, Anistia Internacional, pediu em comunicado, nesta quinta-feira (27), para que a população proteste em favor das famílias. A ONG chamou atenção para a violência utilizada pela PM no despejo. Durante a reintegração, todas as casas e barracos foram destruídos e a maioria dos pertences das famílias foram perdidos.

Publicado originalmente na Radioagência Notícias do Planalto.