Intervenção militar na prática: quem é Ronaldo Brasileiro?

Criador do movimento “Alô Brasil, Acorda” foi à avenida Paulista para defender os militares no poder, só não contava que um policial iria obrigar a retirar seu ônibus: “Ou por bem, ou a gente vai guinchar”

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Criador do movimento “Alô Brasil, Acorda” foi à avenida Paulista para defender os militares no poder, só não contava que um policial iria obrigar a retirar seu ônibus: “Ou por bem, ou a gente vai guinchar” Por Adriana Delorenzo [caption id="attachment_63266" align="alignleft" width="300"] "Pedir ditadura numa democracia é fácil, quero ver é pedir democracia numa ditadura…" (Foto: Reprodução)[/caption] Um vídeo divulgado pela Revista Época  viralizou no Facebook. Enquanto defendia intervenção militar, um policial obrigou o manifestante Ronaldo Brasileiro a retirar seu ônibus estacionado em local proibido da avenida Paulista, neste domingo (12). Na manifestação que ocorreu contra Dilma Rousseff e o PT, Ronaldo exibia seu veículo em campanha pelos militares no poder e concedia entrevista, quando foi abordado pelo policial. “Fui industrial por quatro décadas, encerrei minha empresa para me dedicar ao movimento ‘Alô Brasil, Acorda’, para que os brasileiros acordem e realmente lutem pela intervenção constitucional, porque se os militares não ocuparem o poder os bandidos acabam com o país em poucos meses”, dizia Ronaldo Brasileiro, que foi interrompido pelo policial: “Senhor, por gentileza, esse ônibus é do senhor? Peço para o senhor retirá-lo aqui da Paulista. Ou por bem, ou a gente vai guinchar”. Depois que o vídeo se espalhou nas redes, uma pergunta não quer calar: quem financia o ativista? Após o episódio, o site www.ronaldobrasileiro.com.br está fora do ar. No Twitter, Ronaldo se define assim: “Sou patriota, sou guerreiro, sou Ronaldo Brasileiro. Estou na luta pelo Voto Facultativo para que possamos ter um Brasil melhor. #votofacultativo”. Suas postagens defendem a intervenção para um “futuro brilhante e digno”. Um dos links compartilhados por ele exalta o regime militar no Egito, como um exemplo para o Brasil. Vale lembrar, que quatro anos depois da derrubada de Hosni Mubarak, na Primavera Árabe, o atual presidente Abdel Fattah al-Sissi tem levado o Egito a ser uma das ditaduras mais opressoras da atualidade. Em 14 de agosto de 2013, a polícia e o Exército egípcios mataram 1.150 simpatizantes da Irmandade Muçulmana, um massacre, segundo a Human Rights Wacth, equivalente ao da Praça da Paz Celestial, em 1989, na China. No Facebook, alguns internautas dão o recado: “Pedir ditadura numa democracia é fácil, quero ver é pedir democracia numa ditadura...”, disse Jair Noriler. “O cara para o ônibus em local proibido transgredindo a lei, o policial educadamente pede a retirada do veículo e ele fala ‘nós num temo liberdade!’ Affff... Manda eles voltarem pra 1964 e anos seguintes pra entenderem o que é ditadura!”, afirmou Adriana Sayar.    
A "intervenção militar"- Se os militares não ocuparem o poder, os bandidos acabam com o país em poucos meses...- Senhor, por gentileza, esse ônibus é do senhor? Peço para o senhor retirá-lo aqui da Paulista. Ou por bem, ou a gente vai guincharhttp://glo.bo/1ErRu2b Posted by Época on Domingo, 12 de abril de 2015