Investigado na Lava Jato, PP gaúcho apoiou Aécio Neves nas eleições de 2014

Lembrete foi feito pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro; para ele, estratégia da mídia em esconder o fato é "uma clara omissão para proteger o bloco conservador"

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Lembrete foi feito pelo ex-governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro; para ele, estratégia da mídia em esconder o fato é "uma clara omissão para proteger o bloco conservador" Por Redação [caption id="attachment_60501" align="alignleft" width="300"]Em 2014, PP gaúcho apoiou a candidatura de Aécio Neves à presidência; senador, por sua vez, foi ao estado diversas vezes para fazer campanha para Ana Amélia Lemos, ex-candidata ao governo do RS (Foto: Ramiro Furquim/Sul21) Em 2014, PP gaúcho apoiou a candidatura de Aécio Neves à presidência; senador, por sua vez, foi ao estado diversas vezes para fazer campanha para a pepista Ana Amélia Lemos, então candidata ao governo do RS (Foto: Ramiro Furquim/Sul21)[/caption] O PP do Rio Grande do Sul, que tem cinco deputados e um ex-parlamentar na lista de políticos investigados na Operação Lava Jato, apoiou, em bloco, a candidatura de Aécio Neves (PSDB-MG) à presidência da República em 2014. A mídia, entretanto, parece não se lembrar disso. É o que afirmou o ex-governador do estado, Tarso Genro (PT), ao portal Sul21 nesta segunda-feira (9).

“Há uma particularidade importante, aqui no estado, que até agora não foi ressaltada. Aqui no Rio Grande do Sul, os grupos políticos que estão sendo incriminados foram aqueles que formaram o bloco contra a Dilma e contra o meu governo no estado. Ou seja, a cor local do fato político, até agora não foi ressaltada devidamente, o que é uma clara omissão para proteger o bloco conservador, que aliás ganhou a eleição, legitimamente, aqui no RS”, argumentou Genro.

A reportagem do Sul21 dá destaque para o deputado federal Luiz Carlos Heinze, que ganhou as manchetes ao declarar, em audiência pública realizada no interior do RS, que o então secretário-geral da Presidência Gilberto Carvalho era um protetor "de gays, lésbicas, índios, quilombolas e tudo que não presta”. O texto relembra também que, no ano passado, Aécio esteve presente no estado mais de uma vez para apoiar a candidatura da senadora Ana Amélia Lemos (PP) ao governo.

Embora Genro não acredite que todos os pepistas gaúchos serão considerados culpados após a investigação, ele assegura que há um clima de "justiçamento midiático" no país, que condena pessoas antecipadamente. “Esse clima que esconde interesses políticos, que promove a fragilização da política e o enfraquecimento dos partidos, jamais me levará para esse tipo postura fascista de incriminação em grupo e sem provas. De outra parte, é claro que estes inquéritos são importantes para combater, tanto a corrupção no setor público, como no setor privado”, explica.

(Foto: Ramiro Furquim/Sul21)