“Há uma particularidade importante, aqui no estado, que até agora não foi ressaltada. Aqui no Rio Grande do Sul, os grupos políticos que estão sendo incriminados foram aqueles que formaram o bloco contra a Dilma e contra o meu governo no estado. Ou seja, a cor local do fato político, até agora não foi ressaltada devidamente, o que é uma clara omissão para proteger o bloco conservador, que aliás ganhou a eleição, legitimamente, aqui no RS”, argumentou Genro.
A reportagem do Sul21 dá destaque para o deputado federal Luiz Carlos Heinze, que ganhou as manchetes ao declarar, em audiência pública realizada no interior do RS, que o então secretário-geral da Presidência Gilberto Carvalho era um protetor "de gays, lésbicas, índios, quilombolas e tudo que não presta”. O texto relembra também que, no ano passado, Aécio esteve presente no estado mais de uma vez para apoiar a candidatura da senadora Ana Amélia Lemos (PP) ao governo.
Embora Genro não acredite que todos os pepistas gaúchos serão considerados culpados após a investigação, ele assegura que há um clima de "justiçamento midiático" no país, que condena pessoas antecipadamente. “Esse clima que esconde interesses políticos, que promove a fragilização da política e o enfraquecimento dos partidos, jamais me levará para esse tipo postura fascista de incriminação em grupo e sem provas. De outra parte, é claro que estes inquéritos são importantes para combater, tanto a corrupção no setor público, como no setor privado”, explica.
(Foto: Ramiro Furquim/Sul21)