Investigador que deu alerta de ataque de facção em São Paulo será demitido

Será afastado do setor de inteligência da Polícia Civil o investigador que produziu e divulgou possível ataque de facção criminosa em São Paulo. A informação foi dada nesta segunda-feira (16) pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho.

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Será afastado do setor de inteligência da Polícia Civil o investigador que produziu e divulgou possível ataque de facção criminosa em São Paulo. A informação foi dada nesta segunda-feira (16) pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho. Da redação com Informações do G1 Será afastado do setor de inteligência da Polícia Civil o investigador que produziu e divulgou possível ataque de facção criminosa em São Paulo. A informação foi dada nesta segunda-feira (16) pelo secretário da Segurança Pública de São Paulo, Mágino Alves Barbosa Filho. A mensagem foi endereçada na última semana ao Centro de Inteligência de Araraquara, no interior do estado, e se disseminou entre policiais civis e militares. O investigador teria detectado a iminência de um ataque da facção em razão da possibilidade da transferência de 12 chefes para presídios federais ou pela extensão dos prazos de prisão no Regime Disciplinar Diferenciado. Mágino Alves disse não saber o nome do investigador, mas garantiu que ele será trocado. O secretário criticou a divulgação do alerta e afirmou que ele é falso e que não há risco de ataques. "O policial demonstrou não ter aptidão para trabalhar com inteligência policial. (...) Por isso, vai sair", disse o secretário em evento no Palácio dos Bandeirantes nesta segunda. Segundo Filho, o alerta está "errado". "Quem emitiu aquele alerta é alguém que não sabe trabalhar com inteligência. Inteligência não trabalha com alerta, trabalha com informação que precisa depurar", disse. O secretário completou afirmando que a polícia checou a informação do alerta e concluiu ser falsa. "Verificamos a situação na região e em todo o estado e não detectamos nenhum movimento que justifique o temor que aquele falso alerta está provocando", disse. O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, também comentou a divulgação do alerta e negou o risco de ataques. "Liguei três vezes para o secretário da Administração Penitenciária. Não tem procedência. O trabalho de inteligência da polícia é permanente", afirmou.