IstoÉ comete ato falho: "Crimes contra Dilma ficaram evidentes"

Na capa dessa semana, revista contradiz a própria reportagem e, sem querer, alerta para as injustiças cometidas contra a presidenta afastada.

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Na capa dessa semana, revista contradiz a própria reportagem e, sem querer, alerta para as injustiças cometidas contra a presidenta afastada Por Matheus Moreira A revista IstoÉ dessa semana traz na capa, com destaque, a votação final do processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff, que deve acontecer no próximo dia 25. O texto de chamada para a reportagem, em ato falho, aponta que “crimes contra Dilma ficaram evidentes”, na contramão da matéria e também da linha editorial conhecida da empresa, de duras críticas à petista. Condenada pela Justiça de Brasília, a publicação já foi responsável por uma série de ataques à presidenta, com acusações infundadas e teor misógino. Na época, a juíza que condenou a revista declarou que o direito de resposta de Dilma era assegurado pelo art. 5º, V, e que a liberdade de imprensa “não autoriza qualquer meio de comunicação a divulgar deliberadamente quaisquer informações se escondendo sob o manto do direito de informação, uma vez que tal direito tem que ser guiado pela veracidade do conteúdo publicado”. Agora, neste ato falho, a IstoÉ estampa na sua capa a crítica de manifestantes contra o golpe parlamentar, formados por movimentos sociais, sindicais, personalidades políticas e intelectuais. A uma semana do julgamento final, a revista que atacou Dilma "muda de lado" involuntariamente por erro na finalização da edição. Foto: Reprodução/Facebook Mídia Ninja