José Mujica quebra recorde de popularidade no Uruguai

A gestão de Mujica está chegando ao fim e foi considerada "de vanguarda" na América Latina, ao levantar temas como a legalização da maconha e do aborto, além da defesa do estado laico.

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A gestão de Mujica está chegando ao fim e foi considerada "de vanguarda" na América Latina, ao levantar temas como a legalização da maconha e do aborto, além da defesa do estado laico Por Redação* Uma pesquisa realizada pela empresa Equipos Mori no mês de novembro mostrou que 65% dos uruguaios aprovam o desempenho de José Mujica como presidente. Ainda de acordo com o levantamento, o governante tem a aprovação mais alta dentre os eleitores da Frente Ampla, com um total de 94%. Em comparação ao mês de outubro, o índice de aprovação de Mujica aumentou nove pontos percentuais, enquanto o nível de desaprovação caiu dez pontos. Apenas 17% manifestaram insatisfação com a atual gestão, que se encerra em 2015. No próximo domingo (30), acontece a votação do segundo turno das eleições presidenciais no país e a boa aceitação de Mujica pode favorecer positivamente o candidato da Frente Ampla, Tabaré Vázquez. Segundo informações divulgadas pela imprensa uruguaia, José Mujica irá se despedir do cargo durante a a 24ª Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado, que será celebrada em Veracruz (México), no dia 8 de dezembro. Gestão progressista Fechando sua gestão marcada como uma das mais progressistas da América Latina, Mujica se tornou uma referência entre as lideranças da região. Em entrevista publicada na quarta-feira (24) pelo jornal Folha de S. Paulo, ele contou a experiência de seu mandato com a legalização do consumo da maconha e criticou a 'guerra ao tráfico'. "Cada vez se trafica mais, se gasta mais dinheiro em polícia, em colocar gente nas prisões. Estamos cultivando uma esplêndida derrota”, afirmou. Além da legalização da maconha, Mujica também levantou a bandeira do estado laico e a legalização do aborto, levando o Uruguai à vanguarda entre os países do Mercosul. Sobre o tema, ele ressaltou que "ninguém está a favor do aborto, mas por muitas razões as mulheres, sozinhas, ou com problemas, continuam realizando-o. Se as deixamos sozinhas, isoladas, é uma covardia, uma irresponsabilidade, muito mais se ela é pobre". Foto de capa: José Cruz / Agência Brasil * Com informações da Prensa Latina