Juiz argentino autoriza transexual a alterar sua identidade sem operação de sexo

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O secretário da Comunidade Homossexual Argentina, Marcelo Suntheim, diz que a sentença do juiz argentino abre precedentes em toda a América Latina e Caribe.

A associação apoiou a jovem ao longo do processo jurídico e planeja agora apresentar ao Congresso argentino um projeto de lei nacional de identidade de gênero que permita a muitas pessoas como Tania a mudar de nome.

“Um dos grandes problemas enfrentados pelas transexuais é que, desde adolescentes, quando entram na escola, sofrem um grande assédio porque têm aspecto feminino quando seus documentos dizem o contrário”.

Segundo Suntheim, mais de 95% das transexuais e travestis não terminam a escola na Argentina, o que contribui para os níveis d desemprego entre este grupo.

A própria Tania é um exemplo deste caso. A jovem conta ter sido expulsa da escola e que com o novo documento pretende retomar os estudos e cursar medicina.

A sentença do juiz Pedro Hooft se soma a uma série de medidas adotadas recentemente pela Argentina em defesa dos direitos LGBT.

Buenos Aires é a primeira cidade da América Latina a autorizar a união civil entre pessoas do mesmo sexo.

Além disso, entrou em vigor no mês passado o direito de pensão para parceiros homo-afetiivos.

(Com informações do jornal Página/12)

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