Justiça arquiva processo contra acusado de lançar coquetel molotov durante manifestação

Em vídeo, Bruno Teles agradece as pessoas que postaram vídeos que ajudaram na comprovação da sua inocência e o apoio da imprensa alternativa

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Em vídeo, Bruno Teles agradece às pessoas que postaram vídeos que ajudaram na comprovação da sua inocência e o apoio da imprensa alternativa 

Da Redação

A Justiça do Rio de Janeiro arquivou o processo contra Bruno Teles, estudante acusado de lançar um coquetel molotov contra policiais militares e de portar outros explosivos durante manifestação em frente ao Palácio Guanabara, sede do governo estadual do Rio de Janeiro. A decisão pelo arquivamento do processo foi tomada pela juíza Ana Luiza Coimbra Nogueira, da 21ª Vara Criminal, atendendo solicitação do Ministério Público.

O Ministério Público constatou que vídeos da manifestação comprovam que Bruno não estava no local de onde foram arremessados  os coquetéis molotov. O órgão considerou que a palavra do PM que prendeu o estudante não é “indício suficiente de autoria para justificar a deflagração da instância penal, em não havendo outras provas”. O MP também solicitou que a conduta do policial que prendeu Bruno seja investigada.

Bruno foi preso no dia 22 de julho, durante manifestação contra o governador Sérgio Cabral, acusado de lançar um coquetel molotov contra policiais militares e de portar explosivos em sua mochila. Porém, nenhuma prova do crime foi apresentada pelo policial que efetuou a prisão.

Após a prisão do estudante, vídeos foram divulgados em redes sociais mostrando que Bruno não estava de mochila durante o protesto e não portava qualquer explosivo. Outro vídeo mostra o momento em que ele é perseguido, atingido por um disparo de uma arma de choque e detido por policiais. Nas imagens, o estudante não está com nenhum artefato.

Durante a mesma manifestação em que Bruno foi detido, dois repórteres do Mídia Ninja foram presos sob acusação de incitação à violência. Por conta da prisão de manifestantes durante o protesto, uma multidão se concentrou em frente à 9ª Delegacia de Polícia do Catete até que os midialivristas fossem libertados, assim como outras oito pessoas detidas pela PM, o que ocorreu no mesmo dia em que foram presos. Somente Bruno continuou preso, mas no dia seguinte conseguiu um habeas corpus e foi liberado para responder o processo em liberdade.

Em vídeo divulgado após ficar sabendo do arquivamento do processo, Bruno agradece a todas as pessoas que compartilharam vídeos que ajudaram no arquivamento do processo contra ele. O estudante destaca o papel da imprensa alternativa, em especial o Mídia Ninja, que além de gravar a sua versão dos fatos enquanto ele ainda estava detido, fez uma campanha para buscar e divulgar provas que ajudaram a comprovar a sua inocência. Com informações do Mídia Ninja e da Agência Brasil.