Justiça condena último acusado da morte de Dorothy Stang

Último acusado de ser o mandante do assassinato de Dorothy Stang que aguardava julgamento, Regivaldo Pereira Galvão, é condenado a 30 anos de prisão.

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Último acusado de ser o mandante do assassinato de Dorothy Stang que aguardava julgamento, Regivaldo Pereira Galvão, é condenado a 30 anos de prisão.

Por Redação

Regivaldo Pereira Galvão, o Taradão, último acusado de mandante do assassinato da Irmã Dorothy Stang que ainda não havia sido julgado, foi condenado a 30 anos de prisão no último sábado pela justiça paraense.

No julgamento, Galvão não respondeu às perguntas da promotoria. O júri classificou o homicídio como qualificado, com promessa de recompensa, motivo torpe e uso de meios que impossibilitaram a defesa da vítima.

No início de abril, o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, também havia sido condenado a 30 anos de reclusão em regime fechado. Bida foi condenado com um dos mandantes do crime de homicídio qualificado, com o agravante pela vítima ser idosa – Dorothy tinha 63 anos quando foi morta.

Bida já havia sido julgado outras duas vezes. As duas outras condenações foram anuladas após recurso movido pela defesa.

Executores Os três executores do crime, Rayfran das Neves Salves e Clodoaldo Batista e o intermediador entre eles e os mandantes, Amair Feijoli da Cunha, o Tato, já forma condenados e hoje cumprem pena.

O caso de homicídio foi marcado não apenas pelo crime em si, que envolvia a morte de uma missionária que lutava pelo direito à terra dos trabalhadores rurais e contra a violência no campo, como também pelo processo de julgamento dos acusados. Os mandantes foram julgados depois dos executores, o que permitiu que estes alterassem suas versões sobre o crime ao testemunhar nos julgamentos anteriores dos mandantes.

Leia entrevista com o advogado Aton Fon Filho, assistente da acusação do caso.

Com informações do Congresso em Foco.