Luis Costa Pinto diz que militares discutem a deposição de Bolsonaro

“Nós veremos a direita brasileira se articular para tirar um governante de extrema direita, um extremista, que é o Bolsonaro, mas um extremista que não tem mais utilidade para eles”, disse o jornalista ao Fórum Onze e Meia

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O jornalista Luis Costa Pinto afirmou durante o programa Fórum Onze e Meia, nesta quarta-feira (30), que os militares discutem neste momento a deposição do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido).

De acordo com o jornalista, “o que é intolerável para os militares, mais intolerável do que derrubar o Bolsonaro, é assistir a volta do Lula. Eles estão se mobilizando agora para aquilo que eu já falei. Vamos ter, pela primeira vez na história do país, uma articulação golpista, porque não deixará de ser – mesmo que seja diferente do golpe dado contra Dilma – mas usando os instrumentos corretos da Constituição para o impeachment”.

O jornalista disse ainda que, se não passar pelo impeachment, pode ser, por exemplo, “pelo convencimento de uma renúncia ou uma deposição. Nós veremos a direita brasileira se articular para tirar um governante de extrema direita, um extremista, que é o Bolsonaro, mas um extremista que não tem mais utilidade para eles”.

“Eles precisam rapidamente recompor as suas forças, recompor o lado da direita, para participar da eleição presidencial com alguma chance. Isso porque, também não vejo passar pela cabeça, nem dos militares, nem da direita empresarial brasileira, a possibilidade de a gente ter uma ruptura institucional, uma ruptura constitucional, porque eles sabem que o preço a pagar caso isso aconteça, no mundo, é muito grande”, alerta. Para Luis Costa Pinto, “ao contrário de 60 e 70, o mundo não admitirá um golpe de Estado, um ataque à democracia brasileira. Por isso que eles têm que correr contra o Bolsonaro”.