Marcelinho, filho de Crivella, é nomeado secretário da Casa Civil do Rio de Janeiro

Marcelo Hodge Crivella, o Marcelinho, como é chamado pela família, filho de Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, será o novo secretário da Casa Civil do pai, no lugar de Aílton Cardoso da Silva, ex-assessor parlamentar do prefeito no Senado.

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Marcelo Hodge Crivella, o Marcelinho, como é chamado pela família, filho de Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, será o novo secretário da Casa Civil do pai, no lugar de Aílton Cardoso da Silva, ex-assessor parlamentar do prefeito no Senado. Da Redação com Informações de O Globo Marcelo Hodge Crivella, o Marcelinho, como é chamado pela família, filho de Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, será o novo secretário da Casa Civil do pai, no lugar de Aílton Cardoso da Silva, ex-assessor parlamentar do prefeito no Senado. Apesar de eticamente discutível, a Súmula Vinculante 13, do STF, de relatoria de Teori Zavascki garante a posse de parentes para cargos públicos de natureza política, ressalvada situação de fraude à lei. A nomeação foi publicada na edição desta quinta-feira do Diário Oficial. O atual secretário, Ailton Cardoso da Silva, foi deslocado para chefia de gabinete do prefeito. Já Margareth Cabral, que ocupava a pasta, virou assessora especial da prefeitura. As nomeações parecem ter pego de surpresa até mesmo a equipe responsável pelo Diário Oficial. Apesar das nomeações constarem da página 3, no expediente da prefeitura, publicado na página 2, não consta o nome do filho do prefeito. No expediente, Ailton Cardoso ainda aparece como responsável pela Casa Civil enquanto Margareth, como chefe de gabinete. — Eu tenho toda a consciência de que ele está preparado para me ajudar. Uma das coisas mais importantes da política. Uma das coisas mais importantes da política é termos ao nosso redor pessoas em quem possamos confiar e estejam preparadas para assumir grandes desafios. Hoje, o grande desafio da minha gestão é contrariar interesses, porque vivemos num momento de austeridade. Ele sabe disso. Essa é a minha missão e será a dele também — afirmou Crivella , dizendo não se importar com eventuais julgamentos pela decisão. — Críticas sempre existirão e serão até bem-vindas. Aílton ajuda a preparar Marcelinho, que já vinha frequentando o Palácio da Cidade quase diariamente. Aonde o prefeito vai, Marcelinho vai atrás. Nesta quarta-feira, estavam juntos na posse do novo presidente da RioFilme, Marco Aurélio Marcondes. Um dia antes, foram a Santa Cruz entregar apartamentos do programa Minha Casa Minha Vida. Durante a campanha eleitoral do ano passado, o filho estava sempre ao lado do pai candidato. Nas eleições de 2008, Marcelinho, então com 23 anos, já afirmava que queria seguir os passos de Crivella: "Gostaria de ser professor, mas pode ser que eu trabalhe com política ou ajude a igreja", disse na época, ao GLOBO. Os dois são parecidos até no jeito de falar, com uma diferença clara de posicionamento — não no discurso, mas no penteado. Crivella joga o topete para a direita; Marcelinho, para a esquerda. — Não posso dar essa entrevista agora. É um assunto que está sendo discutido com os secretários —, esquivou-se Marcelinho ao atender o celular, antes do pai confirmar que o nomearia. Marcelinho preferiu tratar o assunto como "uma vontade que chegou até o prefeito através dos secretários e de algumas pessoas": — Se ele achar que é algo que vai ajudar ao governo, estou à disposição. DE OLHO NA CAMPANHA DE 2018 Na última disputa eleitoral, Marcelinho se habituou a aparecer na televisão pedindo votos para Crivella. Nesse caminho pai e filho enxergam longe, com olhos em 2018. A intenção de ambos é costurar a candidatura de Marcelinho ao Senado, pelo Partido Republicano Brasileiro (PRB), mas para isso, é preciso convencer o senador Eduardo Lopes, presidente da legenda, que era o primeiro suplente de Crivella e herdou a vaga. É de esperar, portanto, que um projeto para eleger Marcelinho como senador cause incômodo no PRB. Caso não haja acordo, uma alternativa seria Marcelinho tentar uma vaga na Câmara dos Deputados, impulsionado pela gestão de uma pasta-chave na prefeitura do Rio. Crivella-filho mora há muitos anos nos Estados Unidos. Tem 31 anos, é casado desde 2011 e formou-se em psicologia cristã pela universidade Biola, instituição cristã na Califórnia. Embrenhou-se no universo de life coaching e, após trabalhar na área de licenciamento de marcas da TV Record, entrou em um novo negócio: a escola de computação gráfica Seven. Um site pessoal antigo informa que sua comida preferida é pizza de rúcula com tomate seco. De acordo com a página, ele dava palestras até alguns anos sobre “como encontrar um companheiro para a vida toda”. Também oferecia a palestra “A arte da negociação: como sair ganhando sempre”.