Marcos Valério propõe delação premiada no processo do mensalão tucano

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Marcos Valério teria atuado como operador do esquema para beneficiar a campanha de Eduardo Azeredo, um dos fundadores do PSDB e ex-presidente do partido, ao governo de Minas Gerais em 1998. O advogado do publicitário disse que ele "tem muitos fatos novos a relatar". Por Redação* O publicitário Marcos Valério propôs um acordo de delação premiada para o Ministério Público de Minas Gerais sobre os casos de corrupção que ficaram conhecidos como o "mensalão tucano" ou "mensalão mineiro", que envolve um esquema para beneficiar a campanha de Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais em 1998. Para fazer a delação premiada, o publicitário pediu para ser transferido para o presídio da Associação de Proteção aos Condenados (Apac), em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Desde 2013, Marcos Valério cumpre pena na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, também na região metropolitana da capital mineira. Antes, ele ficou um período no Presídio da Papuda, no Distrito Federal. O mensalão mineiro envolve denúncias de peculato e lavagem de dinheiro durante a campanha à reeleição do então governador mineiro Eduardo Azeredo em 1998. Um dos fundadores do PSDB e ex-presidente da legenda, Azeredo já foi condenado em primeira instância à pena de 20 anos e 10 meses de prisão. Ele entrou com recurso no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) e aguarda o julgamento em liberdade. Atualmente, Marcos Valério cumpre pena de 37 anos pelos crimes julgados na Ação Penal 470, o processo conhecido como mensalão, no qual foram condenados políticos do PT, PMDB, PP, PTB e do extinto PL. Valério foi preso pelos crimes de corrupção ativa, peculato, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Assim como na Ação Penal 470, Marcos Valério é réu no processo do mensalão mineiro porque teria atuado como operador deste esquema. Com a delação, o publicitário espera conseguir, além da transferência de unidade prisional, redução da pena neste processo. O Ministério Público de Minas Gerais informa que a proposta foi recebida e ainda será analisada. O advogado Jean Robert Kobayashi Júnior, responsável pelo pedido de Marcos Valério, disse em entrevista para o jornal Folha de S.Paulo que não divulgou os detalhes do que foi divulgado de antemão no pedido "para não estragar o acordo", mas que seu cliente "tem muitos fatos novos a relatar". "Temos muitos fatos novos a relatar e o que posso dizer é que a delação dele será bem aproveitada", disse Kobayashi. *Com informações da Agência Brasil Foto de Capa: Wikimedia Commons