Marina Silva filia-se ao PSB e diz continuar "porta-voz" da Rede

Ex-senadora não admite a vice-candidatura em 2014, diz que Eduardo Campos é "plano C" e que aliança é "programática"

Marina Silva e Eduardo Campos anunciam aliança para "construção programártica" (Foto: PSB)
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Ex-senadora não admite a vice-candidatura em 2014, diz que Eduardo Campos é "plano C" e que aliança é "programática"

Da Redação

[caption id="attachment_32393" align="alignright" width="378"] Marina Silva e Eduardo Campos anunciam aliança para "construção programártica" (Foto: PSB)[/caption]

Em entrevista coletiva realizada no Hotel Nacional, em Brasília, Marina Silva assinou sua ficha de filiação ao PSB. Ao lado de Eduardo Campos e da deputada federal Luiza Erundina, Marina formalizou sua entrada ao partido e abriu a possibilidade de vir a ser a vice-candidata nas eleições do ano que vem, embora não tenha confirmado. Marina disse que o PSB é o plano C, de Campos, e defendeu a aliança como programática.

“Escolhemos o PSB porque é um partido histórico, com bandeiras históricas. Em muitas frentes de batalhas estamos juntos”, explicou Marina, que anunciou que continuará como porta-voz da Rede Sustentabilidade. “Somos o primeiro partido clandestino criado na democracia”, disse ela, em referência à Rede, que não conseguiu o registro no Tribunal Superior Eleitoral. O partido entregou 668 mil assinaturas, mas apenas 440 mil foram certificadas. “Não sou militante do PSB, mas da Rede Sustentabilidade”.

Marina disse estar entrando no PSB para “avançar o programa de uma candidatura que já está posta”. “A decisão foi de assumir posição, é programática, não programática”, afirmou ela, que defendeu “sepultar a velha política”.

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O governador Eduardo Campos, presidente do PSB, deu as boas-vindas à ex-senadora e disse que “o conteúdo da Rede deve ser preservado nessa aliança programática”. Campos elogiou a coragem de Marina e prometeu “enterrar a velha política no Brasil, e semear a nova política”. “Quem entendeu o que aconteceu em junho, não tem nenhuma dificuldade em entender o que aconteceu aqui hoje”, afirmou o governador de Pernambuco. “O que nos une aqui é um debate mais político do que eleitoral.”

Questionada sobre por que ir a um partido, onde 27 deputados votaram a favor do Código Florestal e apenas 3, contra, Marina Silva disse estar “coerente e que vai continuar afirmando o programa da Rede”. “Caberá a eles [PSB] fazerem suas avaliações, o que estamos nos disposndo a fazer é termos a possibilidade de aprofundarmos essa construção conjunta. Nossa disposição de estar dialogando com um partido para aprofundar propostas no que concerne à sustentabilidade já mantém essa coerência.” Ela ainda destacou “não estar se fundindo com o PSB, mas se dispondo à construção de um processo para mudar o Brasil”.

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