Reaproximação: Marta, Lula e Haddad se reúnem em jantar

Apesar de, atualmente, trabalhar em um governo composto por MDB e PSDB, a ex-prefeita já declarou que vai fazer campanha para Lula em 2022

Lula, Marta e Haddad se reúnem em jantar/ Foto: reprodução
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Que a ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy tem buscado se reaproximar do PT não é novidade, visto que ela declarou recentemente que vai apoiar Lula em sua candidatura à presidência na eleição do ano que vem.

Mas, essa reaproximação avançou mais um passo: Lula, Marta e Fernando Haddad se reuniram em um jantar que ocorreu na casa do ex-prefeito. Além dos três, Ana Estela, a companheira de Haddad, também participou.



Reencontro



Desde o rompimento da ex-prefeita de SP com o PT, essa é a primeira vez que Marta e Haddad se encontram juntos com o ex-presidente Lula.

De acordo com informações da jornalista Monica Bergamo, o jantar sela a reaproximação de Marta de com o PT.

A pauta principal do jantar foi a viagem de Lula pela Europa e alianças para a campanha presidencial de 2022.

Além dos já citados, participaram do jantar: o empresário e marido de Marta, Márcio Toledo; o advogado Marco Aurélio de Carvalho e sua esposa, Alessandra Gaspar; e os advogados Laio Moraes e Carol Toledo.
Gestão tucana

Atualmente, Marta Suplicy é secretária de Relações Internacionais na gestão Ricardo Nunes (MDB), que era vice de Bruno Covas (PSDB), que faleceu no começo do ano vítima de um câncer.

Apesar de estar em um governo composto por MDB e PSDB, Marta já deixou claro que vai fazer campanha para Lula, pois, o considera como o "mais preparado" entre os nomes apresentados para ocupar o Palácio do Planalto.

Marta Suplicy não acredita na terceira via e deve apoiar Lula

A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy, que também já foi senadora por São Paulo – ambos os cargos pelo PT -, não acredita da viabilidade da terceira via e estuda apoiar a Lula na eleição presidencial de 2022.

“O que mais agrega e que mais bagagem e experiência tem, é o Lula. Não dá pra comparar com o restante. São boas pessoas, têm boas qualidades, mas nenhum tem a estatura do Lula. E principalmente o fator agregador, porque o brasileiro não aguenta mais baixaria e radicalismo”, disse Marta à Veja.

Além disso, Marta também não acredita na viabilidade da terceira via. “Não vejo nenhuma possibilidade de terceira via e seria muito interessante que se começasse desde já a haver uma conversa sobre governabilidade”, analisou.

Depois de mais de 30 anos de vida política – a maior parte no PT -, Marta afirma que não vai disputar cargo na eleição do ano que vem.

Ruptura e reaproximação

A ex-prefeita Marta Suplicy rompeu com o PT quando, em 2014 deixou o governo de Dilma Rousseff. À época, ocupava Ministério da Cultura.

Ao retomar o seu mandato de senadora por São Paulo, ela apoiou o golpe contra a presidenta Dilma e se filiou ao MDB, por onde disputou a prefeitura de São Paulo em 2016.

Em 2020, já desfiliada do MDB, apoiou a candidatura de Bruno Covas (PSDB) à prefeitura da capital paulista.
Todavia, nos últimos meses Marta tem buscado se reaproximar com setores da esquerda e, em específico, com o PT, onde construiu a sua carreira política.

Além disso, Marta Suplicy nunca rompeu totalmente com o ex-presidente Lula e, em 2014, chegou a defender que, ao invés da reeleição de Dilma, o PT deveria lançar o ex-presidente como candidato.

Em post recente, Marta divulgou o vídeo da SciencesPo, renomada universidade francesa que homenageou Lula, e destacou que o ex-presidente representa a "esperança".

"Lula, reconhecidamente, é a esperança. Um estadista capaz de liderar esforços, dentro e fora do país, para o Brasil ter novamente estabilidade política e econômica para voltar a ter voz nos negócios internacionais. Vamos ouvi-lo", disse Marta.

Com informações da Folha de S. Paulo