Maternidade da prefeitura é interditada em São Paulo após morte de duas mães por infecção

Documento do Centro de Controle de Infecções do próprio hospital, pedindo o seu fechamento temporário por causa de infecção, foi ignorado e a unidade segue aberta.

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Documento do Centro de Controle de Infecções do próprio hospital pedindo o seu fechamento temporário por causa de infecção foi ignorado e a unidade segue aberta. Maternidade foi interditada, mas atende a partos de emergência. Da Redação com Informações do G1 Duas mulheres, de 30 e 33 anos, que tiveram bebês nos dias 6 e 7 de março, morreram com quadro de infecção na Maternidade do Hospital Municipal Cidade Tiradentes, na Zona Leste de São Paulo. Elas voltaram ao hospital sete dias depois do parto com quadro de infecção e morreram em seguida. A principal suspeita é a de que elas tiveram infecção após terem contraído uma bactéria. Uma das mortes teve constatada a infecção puerperal, que pode aparecer nos casos de cesarianas ou em partos prolongados. O caso da morte da outra mulher ainda está sob investigação, mas já se sabe que é uma infecção. Documento ignorado pede o fechamento da unidade Um documento do dia 17 de março, mesma data em que a maternidade foi fechada, do Centro de Controle de Infecções do próprio hospital, pede o fechamento temporário da unidade por causa de infecção. O documento, encaminhado inclusive para a Secretaria Municipal de Saúde, foi ignorado. O hospital não fechou e continuava atendendo na manhã desta quarta-feira (22). A maternidade está funcionando com restrições desde a última sexta-feira (17), atendendo somente partos de emergência. Os demais casos estão sendo transferidos para outras maternidades da região. As mães que estavam internadas quando a maternidade fechou seguem por lá até receberem alta. Nem o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) está levando parturientes para o hospital. Elas estavam sendo encaminhadas para maternidades de São Mateus, Itaquera e Guaianases. As crianças estão bem, segundo secretaria de Saúde Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os partos dessas mulheres foram normais e rápidos e as crianças estão bem. O coordenador de saúde da mulher do hospital, Rodrigo Cerqueira de Souza, disse que o atendimento foi restrito por medidas de precaução e para colher material dos ambientes por onde essas mulheres passaram. O coordenador informou ainda que quer identificar que tipo de bactéria é essa, e se as pacientes contraíram a bactéria no hospital. Tudo isso depende de um laudo que ainda não tem prazo para ser concluído.