Nicolás Maduro recebe a primeira dose de vacina contra a Covid-19; veja vídeo

O governo venezuelano fechou acordou com a Rússia e garantiu mais de 10 milhões de doses

Foto: reprodução Twitter
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu neste sábado (6) a primeira dose da vacina russa Sputnik-V. A sua esposa, a deputada Cillia Flores, também foi vacinada.

"Minha primeira dose. Estou vacinado", disse Maduro ao receber a vacina e, posteriormente, afirmou que vai garantir "vacinas ao povo venezuelano" e que o seu governo está trabalhando para adquirir um “grande número de imunizantes”.

Durante a vacinação, o presidente da Venezuela também revelou que chegou a um acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde para que tenha acesso aos US$ 300 milhões correspondentes ao ouro que está paralisado por conta de sanções do Banco da Inglaterra.

https://twitter.com/NicolasMaduro/status/1368227138965549057

Venezuela inicia campanha de vacinação

O governo da Venezuela firmou acordo com a Rússia para comprar, ao menos, 10 milhões de doses da vacina.

Dessa maneira, a vacinação do povo venezuelano teve início na última quinta-feira (4) com a chegada das 100 mil primeiras doses da Sputnik.

https://twitter.com/NicolasMaduro/status/1368295948582088710

Por que a Venezuela apresenta o menor número de contágio de Covid-19 do continente?

As ruas de Caracas estão esvaziadas. Os supermercados e farmácias atendem um número limitado de pessoas por vez. As filas são feitas com distanciamento. Os restaurantes estão abertos, mas a comida é para levar. O metrô funciona apenas para os trabalhadores dos setores essenciais e a fiscalização é rigorosa. O uso de máscara é obrigatório e nas ruas cerca de 90% dos venezuelanos cumprem essa norma.

Esse é o cenário na Venezuela desde o dia 16 de março, quando o país entrou em quarentena. Essa semana as medidas estão ainda mais rigorosas que nas três semanas anteriores. Isso porque o governo decretou quarentena rigorosa, depois que os casos de coronavírus começaram a subir. Nos últimos oito dias passaram de 5.832 para 8.065. As mortes subiram de 50 para 75.

Os números apresentados pelo governo venezuelano foram questionados por políticos da oposição, que afirmam que o presidente Nicolás Maduro está escondendo dados. Porém, a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana da Saúde e Universidade Johns Hopkins (Maryland, EUA) validaram as estatísticas venezuelanas e afirmam que não há motivos para questioná-las. Os kits dos testes de covid-19 utilizados não são descartados depois de aplicados nos pacientes, pois esse material é enviado á OMS. Dessa forma o organismo também mantém o controle sobre as estatísticas.