No Ceará, Mutirão Carcerário encontra remédios vencidos em prisões

CNJ já havia encontrado, no mesmo estado, o "preso mais antigo do país", encarcerado ilegalmente desde 1989

Luiz Silveira/Agência CNJ
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CNJ já havia encontrado, no mesmo estado, o "preso mais antigo do país", encarcerado ilegalmente desde 1989

Da Redação

[caption id="attachment_31007" align="alignleft" width="300"] Medicamentos vencidos foram encontrados na farmácia de duas unidades prisionais no Ceará (Foto: Luiz Silveira/Agência CNJ)[/caption]

A equipe do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que está no Ceará realizando o Mutirão Carcerário, encontrou medicamentos vencidos em duas unidades prisionais do estado. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (13), porém as ilegalidades foram registradas em visitas ao local nos dias 3 e 4 de setembro.

Por recomendação do CNJ os remédios foram descartados. "Tais medicações estavam prontas para, em caso de necessidade, serem ministradas aos presos. É um fato muito grave, pois a medicação com prazo de validade vencido, além de perder totalmente sua eficácia, pode trazer efeitos colaterais às pessoas que a utilizam", afirmou o juiz Paulo Augusto Irion, um dos coordenadores do Mutirão Carcerário.

Os medicamentos foram encontrados no município de Itaitinga, no Ceará, na Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor José Jucá Neto (CPPL III) e na Casa de Privação Provisória de Liberdade Agente Penitenciário Luciano Andrade Lima (CPPL I).

O juiz Irion afirmou ao Portal do CNJ que os remédios encontrados foram retirados das farmácias das unidades e que entre os remédios estavam Clavilin, Tamiram e o Clenil HFA 250 MCG Spray, utilizado para tratamento de asma.

O Mutirão Carcerário no Ceará tem apresentado diversas precariedades. No último dia 30 de agosto o CNJ anunciou que pode ter encontrado o “preso mais antigo do país”. Um homem que não teve a identidade revelada deveria ter alcançado a liberdade em 1989 e saído do sistema prisional brasileiro. No entanto, o detento, encarcerado desde a década de 1960 e com a pena extinta, permanece preso.

Com informações do Portal CNJ