O carinho de Bolsonaro por Moro, por Fernando Brito

Bolsonaro atingiu Moro na sua parte mais sensível, a vaidade

Bolsonaro, Moro e João Roberto Marinho, um dos herdeiros da Globo (Montagem)
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Por Fernando Brito, no Tijolaço Na reportagem da Folha, esta manhã, em que Jair Bolsonaro nega – negar é uma obrigação, no caso – estar fritando Sergio Moro há uma frase que, não por acaso, é para fritar Sergio Moro: — (…) todos os ministros têm o mesmo valor para mim e eu interfiro em todos os ministérios. De uma só tacada, vão-se formalmente a condição de “superministro” e a “carta branca” para gerir o aparato policial do Ministério da Justiça. O que o repórter do jornal não sentiu, Sérgio Moro certamente terá sentido. A mídia se apressa a vir em socorro do ex-juiz, repetindo monocordicamente que ele tem os mais elevados índices de popularidade, em considerar que, rompendo com Bolsonaro perde boa parte dele e terá de enfrentar o destino de quem dissente do führer, já amplamente demonstrado em diversos casos. O Globo, em editorial, diz que a aliança Bolsonaro-Moro foi “uma aposta errada”. E, sobretudo, um hiato naquilo que, desde os 24 anos, quando tornou-se juiz: ter poder.

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