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Enquanto tramitação da abertura do impeachment, da formação da comissão especial até a votação, durou aproximadamente um mês, processo contra presidente da Câmara bate recorde de permanência em comissão
Por Redação
Nesta terça-feira (19) o vice-presidente da Câmara, Waldir Maranhão (PP-MA), aprovou uma questão de ordem favorável ao presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o desobrigando a responder acerca de fatos apurados na Operação Lava Jato no processo que corre no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.
O pedido foi feito pelo deputado Carlos Marun (PMDB-MS) e estabelece que Cunha deve responder somente pelo fato de ter omitido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) a existência de contas na Suíça. O parlamentar não poderá responder, por exemplo, a respeito de supostas propinas recebidas no esquema de corrupção da Petrobras, investigado pela Operação Lava Jato.
Nesta quarta-feira, o processo contra Cunha amplia o recorde batido no dia de ontem de processo mais longevo na comissão, completando 169 dias. A marca anterior era de um processo relativo a Luiz Argolo, parlamentar do Solidariedade. Em outubro de 2014 ele teve o mandato cassado por conta de atividades ilícitas com o doleiro Alberto Youssef.
Ao jornal Extra, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araujo (PR-BA), se queixou em relação à celeridade do processo contra o presidente da Casa. "É incrível, mas a votação do impeachment se deu em um mês e nós estamos há mais de quatro meses para decidir sobre o processo do presidente da Câmara", lamentou.
Foto de capa: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil