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Trechos do relatório parcial da PF enviado esta semana ao STF, no inquérito contra o presidente Michel Temer, dão conta de que o órgão tem elementos suficientes - entre os quais o fato de o peemedebista não ter respondido o interrogatório - para afirmar que ele praticou corrupção
Por Redação
No relatório parcial da Polícia Federal enviado nesta segunda-feira (19) ao Supremo Tribunal Federal (STF), o órgão diz ter evidências que indicam "com vigor" que o presidente Michel Temer praticou corrupção. Trechos do documento foram publicizados nesta terça-feira (20).
O relatório faz parte do inquérito aberto contra Temer por corrupção passiva, obstrução da justiça e organização criminosa após as denúncias feitas pelo empresário Joesley Batista na delação da JBS.
De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), o peemedebista aceitou pagamentos de vantagens indevidas da JBS por intermédio do ex-assessor e ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que está preso. As análises da Polícia Federal encaminhadas esta semana ao STF reforçam a denúncia da PGR.
"Diante do silêncio do Mandatário Maior da Nação e de seu ex-assessor especial, resultam incólumes as evidências que emanam do conjunto informativo formado nestes autos, a indicar, com vigor, a prática de corrupção passiva", diz o relatório.
A PF pediu, porém, mais cinco dias ao ministro Edson Fachin para finalizar as investigações e apresentar o laudo da perícia das gravações de conversas feitas por Joesley.
Foto: Lula Marques