Por ignorar vacina da Pfizer, Bolsonaro promoveu Pazuello a ministro da Saúde

Em documento enviado ao presidente, a farmacêutica alertou sobre o descaso do general e disse que a vacina poderia "salvar milhares de vidas"

O ministro da Saúde Eduardo Pazuello e Jair Bolsonaro (Reprodução)
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O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), após tomar conhecimento de que Eduardo Pazuello estava ignorando ofertas da vacina da Pfizer, que poderiam ter salvado milhares de vida, o promoveu a ministro da Saúde. Até então, o general desempenhava a função de interino com a saída de Nelson Teich.

A denúncia sobre a omissão de Pazuello consta em uma carta envaida a Bolsonaro pelo CEO da Pfizer, Albert Boula, no dia 12 de setembro de 2020. A posse de Pazuello como ministro da Saúde se deu em 16 de setembro.

No documento, a Pfizer alertou sobre a omissão do general. "Apresentamos uma proposta ao Ministério da Saúde do Brasil para fornecer nossa potencial vacina que poderia proteger milhões de brasileiros, mas até o momento não recebemos uma resposta".

Além de promover Pazuello por ter ignorado a Pfizer, no dia da posse do general como minstro da Saúde, o presidente Bolsonaro defendeu a cloroquina, que é ineficaz contra a Covid-19.

"Hoje, estudos já demonstram que por volta de 30% das mortes poderiam ser evitadas, caso, de forma precoce, fosse ministrada a hidroxicloroquina", disse Bolsonaro à época.

Com informações do G1