Prefeitura nega construção do muro do preconceito entre Paraisópolis e Morumbi

Na solicitação, moradores do Morumbi ainda pediam a proibição de piqueniques, entrada de carros e motos e o veto à entrada de “pessoas cujas atitudes agridam a moral e os costumes”

A comunidade de Paraisópolis na região do Morumbi, em São Paulo (Arquivo)
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Um muro que dividiria a comunidade de Paraisópolis do Morumbi, solicitado pela associação de moradores de um condomínio de alto padrão, localizado a poucos metros da comunidade, foi negado na última quinta-feira (16), pela prefeitura.

A região vai ganhar um parque, com mais de 68 mil metros quadrados de área de lazer, entre a comunidade e o condomínio de casas de alto padrão Jardim Vitória Régia e uma associação de moradores do condomínio enviou uma carta para a prefeitura pedindo a construção de um muro de três metros de altura para separar o parque popular das residências de Paraisópolis.

Na solicitação ainda pedia a proibição de piqueniques, entrada de carros e motos e o veto à entrada de “pessoas cujas atitudes agridam a moral e os costumes”.

A solicitação da associação de moradores foi um susto para os moradores da comunidade de Paraisópolis, que convivem com diversos muros do preconceito, como contou

O representante da comunidade Igor Gonçalves, comentou para o Jornal da Band deste sábado o susto que a solicitação foi para os moradores de Paraisópolis:

“Esse muro transparenta essa bolha né. Do lado de lá tem álcool em gel, máscara, home office. Do lado de Paraisópolis tem pessoas precisando de comida, precisando de água, álcool em gel, máscara. Infelizmente esse muro está aumentando, né?”, disse o representante.