Presidente da Bayer diz faz remédio “para pacientes do Ocidente que têm condições de comprar”

Declaração ocorreu depois de a Justiça indiana quebrar a patente do Nexavar, medicamento contra cânceres de fígado e rins

Foto: Reprodução/Bayer
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Declaração ocorreu depois de a Justiça indiana quebrar a patente do Nexavar, medicamento contra cânceres de fígado e rins Por Brasil de Fato [caption id="attachment_40835" align="alignleft" width="300"] Foto: Reprodução/Bayer[/caption] Marijin Dekkers, presidente do Conselho Administrativo da Bayer, casou polêmica na semana passada ao dar declarações dizendo que “não faz remédio para indianos, mas para pacientes ocidentais que podem pagar por ele”. Toda a crise começou quando a justiça indiana, no fim de 2012, quebrou a patente do anticancerígeno Nexavar, que custava US$ 69.000 por ano, e permitiu que a indústria farmacêutica local fabricasse o genérico com um desconto de até 97%. A Bayer recorreu, mas a corte suprema de Mumbai rejeitou a apelação. A empresa então  lançou uma nota e chamou a decisão de “essencialmente um roubo”.  Depois do mal estar causado pela declaração, voltou atrás e declarou “queremos melhorar a saúde de vida das pessoas, independente de sua origem e renda”. Outra gigante farmacêutica já amargou dura derrota na justiça indiana por conta da proteção que existe às companhias farmacêuticas locais. Em 2013, a Novartis teve negado seu pedido de patente para o Glivec e chegou a ameaçar interromper o fornecimento de novos medicamentos à Índia.