Presidentes do PT e PSDB debatem diferenças partidárias em São Paulo

Apesar de líder petista ressaltar diferenças em política econômica, presidente tucano diz que diferença entre candidatos à prediência é "capacidade de liderança"

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Apesar de líder petista ressaltar diferenças em política econômica, presidente tucano diz que diferença entre candidatos à prediência é "capacidade de liderança" Por Camila Souza Ramos O senador Sérgio Guerra, presidente da legenda tucana, afirmou nesta manhã que governo petista deu continuidade às políticas econômicas e sociais do governo de Fernando Henrique Cardoso e que principal diferença entre aos atuais pré-candidatos à presidência da república é a “capacidade de liderança” de cada um. “Nossa preocupação não é com o Lula, é do PT sem o Lula. É do PT só com a Dilma”, argumentou Guerra em debate realizado hoje, 10, pelo jornal O Estado de S. Paulo. Para ele, a pré-candidata do PT não tem experiência suficiente em cargos políticos para liderar um país. “Vamos ver o que o Serra já liderou e o que Dilma liderou. Nossa opinião é que ela não tem liderança. Nunca ouvi falar dela antes de entrar no governo. Se não fosse o Lula, ela nunca seria candidata”, alfinetou. O argumento da falta de experiência política com cargos de comando não é usado pela primeira vez em campanhas presidenciais do PSDB. Em 2002, Lula foi atacado por nunca ter exercido um cargo executivo. O presidente do PT, José Eduardo Dutra, lembrou desse passado ao defender a candidata de seu partido. “O PT sempre foi objeto de desconfianças, de preconceitos e ataques, tanto à direita quanto à esquerda”, disse. “Vou apresentar propostas e cobrar propostas dos adversários, mas sem enveredar pelo caminho dos ataques pessoas, até porque nosso partido foi muito vitima disso desde nossa criação.” Política econômica A continuidade da política econômica dos tucanos também foi negada pelo petista Dutra. “Não se pode confundir política fiscal e monetária com política econômica”. Ele comparou a política de abono fiscal e da aposta no crédito durante a crise econômica de 2008 e 2009 como diretrizes diferentes da política do governo anterior que foram centrais na recuperação econômica. “Durante um bom tempo diziam que Lula era um homem de sorte porque não tinha enfrentado crises como a do México e dos países asiáticos como o governo anterior passou. O fato é que aquelas crises atingiram países da periferia do capitalismo mundial. Nós enfrentamos a maior crise desde 29, e pelo fato da nossa política não ter sido de continuidade da do governo anterior, é que ficamos sólidos para sairmos dela”. Guerra, por outro lado, defendeu que medidas que deram base para o atual sistema econômico, como a instalação do Plano Real e o Programa de Estímulo à Reestruturação do Sistema Financeiro Nacional (Proer), além do tripé câmbio flutuante, metas de inflação e responsabilidade fiscal foram fundamentais para garantir a solidificação da economia brasileira. “A verdade é que o PT se encabula quando afirmamos que continuaram com a política econômica do Fernando Henrique”, provoca. Guerra de aprovações Para justificar a popularidade da política dos dois partidos, ambos os presidentes citaram os índices de aprovação de chefes executivos atualmente. Enquanto Dutra lembrava da aprovação de mais de 75% de Lula ao final de oito anos de mandato, Guerra ressaltou que o governador e o prefeito com os maiores índices nacionais de aprovação eram do PSDB, sendo Aécio Neves pelo governo de Minas Gerais e Beto Richa pela prefeitura de Curitiba.