A saída dos estudantes da reitoria na sexta-feira pôs fim a 50 dias de ocupação. A imprensa não pôde entrar e a perícia policial agiu no sábado
A desocupação do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP), na madrugada de sexta-feira para sábado, foi pacífica. Os estudantes prometem dar sequência ao movimento e novas assembléias estão marcadas.
A saída havia sido aprovada, condicionada à concordância dos funcionários da universidade. Em assembléia do Sindicato dos Trabalhadores da USP (Sintusp) o termo foi aceito, abrindo espaço para a desocupação.
Tratado como os "blocos K e L" do Conjunto Residencial da USP (Crusp) – a moradia dos estudantes no campus – no blog da ocupação, os prédios da reitoria estariam, segundo os ocupantes, perservados. A perícia da polícia militar indica que o gabinete da reitora estava intacto, mas outras salas tiveram equipamentos deslocados e amontoados na entrada do prédio.
No termo apresentado pela reitora, que foi a chave da desocupação, a não punião dos estudantes estava condicionada à verificação de danos materiais no prédio durante os quase dois meses.
No blog da ocupação, os estudantes são convocados para novas assembléias nos dias 26 e 27. Eles declaram-se vitoriosos por terem despertado um movimento estudantil para discutir a universidade e sua autonomia, já que iniciativas semelhantes ocorreram em outros campi no interior e de outras instituições públicas de ensino superior.