Rodrigo Janot pede investigação sobre vazamento que compromete Temer

Ao contrário de Dilma, que foi vítima de toda a sorte de ilegalidades, Temer terá o benefício da lei. Desta vez não importa se ele praticou o ilícito ou não, mas sim se o vazamento do documento é legal ou não. É o golpe dentro do golpe dentro do golpe.

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Ao contrário de Dilma, que foi vítima de toda a sorte de ilegalidades, Temer terá o benefício da lei. Desta vez não importa se ele praticou o ilícito ou não, mas sim se o vazamento do documento é legal ou não. É o golpe dentro do golpe dentro do golpe. Da Redação Desta vez, na contramão da nossa história recente e, ao contrário de todos os fatos ocorridos durante o impeachment da presidenta Dilma, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, vai pedir abertura de investigação para apurar o vazamento da delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais do grupo Odebrecht. O pau que bate em Chico desta vez não deve ser o mesmo que bate em Francisco. Dilma e Lula foram alvos de toda a sorte de ilegalidades, mas Michel Temer deve ser beneficiário da lei. O vazamento da delação foi ilegal e isto pode comprometer todo o seu conteúdo, ou seja, muita atenção para mais um golpe dentro do golpe dentro do golpe. Vejam abaixo a nota da PGM. Nota de Esclarecimento Em virtude da divulgação, pela imprensa, de documento sigiloso que seria relativo à colaboração premiada de um dos executivos da Odebrecht, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitará abertura de investigação para apurar o vazamento. O vazamento do documento que constituiria objeto de colaboração, além de ilegal, não auxilia os trabalhos sérios que são desenvolvidos e é causa de grave preocupação para o Ministério Público Federal, que segue com a determinação de apurar todos os fatos com responsabilidade e profissionalismo. O MPF volta a expressar que todo documento de colaboração, para que possa ser usado como prova e para que tenha cláusulas produzindo efeitos jurídicos para o colaborador, somente possui validade jurídica após regular homologação pelo Supremo Tribunal Federal. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado