O deputado federal Celso Russomanno (Republicanos-SP) disse nesta segunda-feira (14) ao jornal Folha de S. Paulo que vai se lançar candidato à Prefeitura de São Paulo. Além disso, ele afirma que o presidente Jair Bolsonaro vai apoiar sua candidatura.
Russomanno é vice-líder do governo Bolsonaro no Congresso. Além disso, seu partido abriga dois dos filhos do presidente: o senador Flávio, o 01, e o vereador Carlos, o 02, que segundo assessores comanda o chamado “gabinete do ódio” do Planalto.
“Eu estou direto com ele porque sou vice-líder do governo no Congresso. Ele é meu amigo”, disse o deputado. “Só pela amizade é evidente que tenho o carinho dele. Essa amizade vai fazer com que ele esteja comigo na campanha”, afirmou.
Mas Russomanno foi além do “sinal de carinho” na entrevista. Disse aos jornalistas Carolina Linhares e Joelmir Tavares que esteve com Bolsonaro em três ocasiões nos últimos três dias. E afirmou: “Está claro que ele [Bolsonaro] vai me apoiar”.
O presidente disse que se manteria “neutro” no primeiro turno dessas eleições. Segundo Russomanno, ainda não há uma definição clara sobre como será a participação de Bolsonaro em sua campanha. Ou seja, não há o sinal se haverá ou não um apoio explícito.
Popularidade
Com a alta na popularidade do titular do Planalto nas últimas pesquisas, os candidatos estão tentando se colar na imagem dele para melhorar seus desempenhos.
No caso de Russomanno, a estratégia vale mais: se bem-sucedida, ela serve para evitar uma terceira derrota consecutiva.
Jornalista com programa de TV na área de defesa do consumidor, Russomanno largou como favorito nas eleições de 2012 e de 2016. Nos dois pleitos, no entanto, acabou em terceiro lugar.
E ele cita esse desempenho como uma vantagem. “Tenho um grande recall de outras eleições”, afirmou. Sua candidatura deve ser oficializada em convenção nesta quarta-feira (16).
Russomanno é visto como a opção mais vantajosa para Bolsonaro na principal cidade do país. Outros nomes à direita que disputarão a prefeitura paulistana e compõem com ele são Levy Fidelix (PRTB), do partido de seu vice, e Marcos da Costa, do PTB.
Também à direita, há ao menos outros três candidatos. Joice Hasselmann (PSL), Arthur do Val (Patriota) e Filipe Sabará (Novo) deverão disputar o voto dos conservadores que, depois de ajudar a eleger Bolsonaro, resolveram ser “críticos” a ele.