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Envolto a um escândalo de corrupção, com recebimento de dinheiro de empresas que recebem verbas do governo federal, o secretário especial de comunicação, Fabio Wajngarten quer mostrar serviço a Jair Bolsonaro e criou uma estratégia de rebater notícias e artigos divulgados na mídia nacional e internacional contra o chefe.
Nesta quarta-feira (22), o perfil da Secom no Twitter foi até à publicação do editorial do jornal The New York Times, que fala da perseguição do governo Bolsonaro ao jornalista Gleen Greenwald - que resultou na denúncia do procurador Wellingont Oliveira contra o jornalista -, para dizer que o texto trata-se de uma fake news.
"É uma grande mentira atribuir ao Governo Federal qualquer influência nos procedimentos do Ministério Público Federal. Também mostra desrespeito às instituições públicas brasileiras. Fonte: Presidência do Brasil", tuitou a Secom em inlgês na publicação do NYT.
O perfil da secretaria ainda fez questão de explicar ao jornal estadunidense que a acusação contra "o jornalista americano Glenn Greenwald se deve ao seu envolvimento com hackers que atacaram celulares de autoridades brasileiras".It´s a huge lie to attribute to the Federal Government any influence on the Federal Prosecution Service procedures . It also shows clear disrespect to the Brazilian´s public institutions. Source: Presidency of Brazil.
— SecomVc (@secomvc) January 23, 2020
Editorial No editorial publicado nesta terça-feira (21), o jornal diz que a denúncia contra lenn Greenwald pelo Ministério Público Federal (MPF) é um grave ataque à liberdade de imprensa e ao Estado democrático de Direito no Brasil. Para o jornal, acusações contra o editor do Intercept é um “sério desserviço” e uma “ameaça perigosa”. O texto diz ainda que o jornalista cumpriu com seu papel ao revelar “uma verdade dolorosa sobre os que estão no poder”, especialmente através das reportagens da Vaza Jato, que revelaram o conluio entre o ex-juiz Sergio Moro e procuradores da Lava Jato. “Furar a imagem heroica de Moro foi obviamente um choque para os brasileiros e prejudicial para Bolsonaro, mas exigir que os defensores da lei sejam escrupulosos em sua adesão a ela é algo essencial para a democracia. Atacar os portadores dessa mensagem é um desserviço sério e uma ameaça perigosa ao Estado de Direito”, afirma o editorial. Em outros trechos, o NYT compara os ataques à imprensa no Brasil com o que ocorre nos Estados Unidos de Donald Trump. “Infelizmente, atacar uma imprensa livre e crítica se tornou uma pedra angular da nova geração de líderes liberais no Brasil, como nos Estados Unidos e em outros lugares do mundo”, opina.The decision to make an accusation to the Brazilian Federal Bench against the American journalist Glenn Greenwald is due to his involvement with hackers who attacked cellphones of Brazilian authorities. pic.twitter.com/4PDfgThfkg
— SecomVc (@secomvc) January 23, 2020