Secretário de Saúde sinaliza que SP vai voltar a fechar escolas

Para Jean Gorinchteyn, manter as escolas abertas só vai ajudar na propagação do vírus

O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn (Foto Governo do Estado de São Paulo)
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O secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, declarou, em entrevista à CBN, ser favorável a suspensão das aulas presenciais por conta do avanço do coronavírus em São Paulo.

Gorinchteyn revelou que o assunto será discutido nos próximos dias, mas que a sua posição é de que manter as escolas abertas implica em uma série de deslocamentos fora dos colégios contribuem para a propagação do coronavírus.

"Isso é um tema que estamos discutindo. Se estamos entendendo que as pessoas estão ameaçadas frente ao vírus, frente a um colapso, temos de avaliar a circulação das pessoas em situações que poderiam ser evitadas e uma delas é a escola", disse o secretário estadual de Saúde à CBN.

O secretário ressaltou que o problema não está dentro da escola, mas sim na "circulação das pessoas no entorno, professores, alunos, pais, o transporte público, a exposição que acabamos colocando as pessoas".

Questionado sobre a necessidade de um lockdown, Gorinchteyn afirmou que isso não é factível no Brasil. "Não temos capacidade no nosso país de fazer lockdown, as pessoas vão morrer de fome, vamos ter um problema civil, social".

A posição do secretário de Saúde vai de encontro ao posicionamento do secretário estadual de Educação, Rossieli Soares. Para ele, as escolas "devem ser as últimas a fechar e as primeiras a abrir, uma vez que o longo tempo de fechamento vem causando prejuízos às crianças e adolescentes".

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) divulga diariamente o relato de casos de Covid-19 entre alunos e funcionários da rede estadual de ensino público. De acordo com o último balanço da entidade, até este momento foram registrados 1625 casos em 768 escolas.