Sepe: “Se o Paes tiver sensibilidade e olhar para as ruas, ele vai abrir negociações”

PM fluminense pode ser acionada judicialmente por sindicato dos professores em função da violência policial nas manifestações

Milhares de professores saíram às ruas (Foto: Pablo Vergara/Brasil de Fato)
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PM fluminense pode ser acionada judicialmente por sindicato dos professores em função da violência policial nas manifestações Por Igor Carvalho [caption id="attachment_32532" align="alignleft" width="300"] Milhares de professores saíram às ruas (Foto: Pablo Vergara/Brasil de Fato)[/caption] Na noite da última segunda-feira (7), milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a aprovação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração da rede municipal de ensino do Rio de Janeiro. Para o coordenador geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Alex  Trentino, o prefeito deve recuar. “Se o [Eduardo] Paes tiver sensibilidade e olhar para as ruas, ele vai abrir negociações.” A manifestação, que foi unificada, com presença de professores estaduais e municipais, serviu também para protestar contra a truculência policial. A violência dos agentes da PM carioca pode ser alvo, inclusive, de um processo. “Estamos em contato com a OAB e o Ministério Público para ver o que podemos fazer, mas a intenção é acioná-los judicialmente”, afirma Trentino. Houve, por volta das 21h, uma tentativa dos manifestantes de ocupar a Câmara Municipal, porém, sem sucesso. Daí em diante, houve muitos focos de confusão e conflitos ente manifestantes e policiais. Apesar disso, Trentino considerou positiva a manifestação. “Eram milhares de pessoas, tivemos o apoio de diversos segmentos e o movimento está crescendo. Estamos pressionando o Paes e ele terá que abrir negociações, faz 15 dias que ele não dialoga conosco.” O Sepe realizará uma nova assembleia na manhã da próxima quarta-feira (9) para decidir sobre a manutenção da greve. Os professores do Rio estão em greve desde o dia 8 de agosto e estima-se que a greve conta a adesão de 81% das escolas da rede municipal. Há uma divergência sobre a presença de manifestantes no ato. Segundo o Sepe, 50 mil pessoas estiveram na manifestação, mas a PM calcula a presença de 10 mil no ato.