Trabalhadores da Cipla protestam pelo fim da intervenção judicial

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Desde 31 de maio, os trabalhadores de fábricas ocupadas protestam contra a intervenção semanalmente em frente à fábrica Cipla, localizada Joinville-SC. Hugo Chávez entra na pressão por retomada da auto-gestão.

Após intervenção judicial realizada em 31 de maio, trabalhadores das fábricas ocupadas continuam protestando contra a medida. Manifestações em frente a fábrica Cipla, localizada Joinville/SC, são realizadas semanalmente. Segundo Serge Goulart, coordenador do conselho de fábricas ocupadas, logo após a intervenção policial realizado contato com o Ministro do Trabalho, Carlos Lupi. “Ele nos comunicava sua posição contrária à intervenção e que seu Ministério trabalharia para que a polícia fosse retirada e o INSS retirasse o pedido de intervenção. Mas, ainda não houve nenhuma atitude concreta do governo Lula para que isso ocorresse.” A fábrica, depois de permanecer sob gerência dos trabalhadores por cinco anos, está funcionando sob intervenção de Rainoldo Uessler. Goulart afirma que o conselho de fábrica e mais alguns trabalhadores foram demitidos por carta e estão impedidos de entrar na Cipla. A jornada dos trabalhadores, que antes eram de seis horas, voltou a ser de oito horas por dia. Apoio Goulart afirma que “uma extraordinária campanha nacional e internacional exigindo o fim da intervenção na Cipla se desenvolveu desde poucas horas depois da operação de guerra realizada pela polícia federal”. O alvo são representantes o governo federal, especificamente dos ministérios da Justiça, responsável pela Polícia Federal, e da Previdência, de onde partiu o pedido de intervenção na Cipla. Um comitê pelo fim da intervenção na Cipla foi formado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Centro de Direitos Humanos (CDH), deputados, vereadores, partidos, associações e outras organizações políticas e populares. Fábricas recuperadas por trabalhadores em outros países também enviaram mensagens de apoio aos trabalhadores brasileiros, segundo Goulart. Venezuela Três fábricas sob gestão dos trabalhadores mantém acordo comercial junto ao governo venezuelano. Em 2006, foram firmados contratos de fornecimento de matéria-prima com um ano de carência para o primeiro pagamento. As demais condições do contrato não são divulgadas. A Frente de Empresas Tomadas e em Co-gestão (Freteco), responsável pelo acordo, recebeu mensagem do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, comunicando que não manterá o acordo caso a empresa brasileira Cipla continue sob intervenção judicial.