TSE decide dar mais tempo para busca de provas em ações contra Bolsonaro

Maioria dos ministros votou por conceder aos autores a possibilidade de buscar mais evidências em caso sobre hackeamento de grupo nas redes sociais

Luís Roberto Barroso - Foto: Nelson Jr./SCO/STF
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O Tribunal Superior Eleitoral decidiu nesta terça-feira (30) que duas ações que pedem a cassação da chapa de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão por crimes eleitorais devem retornar à chamada fase de instrução do processo para o recolhimento de novas provas.

Por 4 a 3, a corte decidiu reabrir as investigações sobre o hackeamento, durante o pleito, de um grupo nas redes sociais que reunia 2,7 milhões de pessoas contra o atual chefe do Executivo. Após a invasão, o grupo “Mulheres Unidas contra Bolsonaro” passou a ter o nome “Mulheres COM Bolsonaro #17” e o então candidato publicou um agradecimento nas redes sociais.

As coligações de Marina Silva (Rede) e de Guilherme Boulos (PSOL) entraram com uma representação no TSE e pediram a cassação da chapa Bolsonaro-Mourão por abuso de poder durante a campanha.

Nesta terça, o julgamento foi retomado com o voto do ministro Alexandre de Moraes, que havia pedido vista no último dia 9. Moraes acompanhou o relator, Og Fernandes, e o ministro Luís Felipe Salomão em voto pelo arquivamento do caso.

A maioria dos ministros seguiu o voto do ministro Edson Fachin, que defendeu a necessidade de conceder aos autores das ações a possibilidade de buscar evidências ao caso.

Acompanharam a divergência proposta por Fachin os ministros Tarcísio Vieira, Carlos Velloso Filho e Luís Roberto Barroso, o presidente do TSE.

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