Weintraub chama Fórum de mídia prostituída e diz se sentir pressionado

Conversas compartilhadas pelo ministro mostram professores da Unifesp preocupados com a repercussão da reportagem da Fórum. "O assunto está tomando proporções muito sérias", diz um dos prints

Foto: Twitter
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O ministro da Educação, Abraham Weintraub, foi às redes sociais na noite deste domingo (16) para criticar mais uma vez a Revista Fórum pela reportagem da última quinta-feira (13) que mostra sua proximidade com o professor que foi responsável por sua aprovação no concurso da Unifesp, em 2013. O ministro chama a revista de "mídia prostituída" e relata aumento de pressões após a publicação da reportagem.

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Em um dos prints, uma pessoa compartilha com o ministro a reportagem da Fórum e diz: "Parceiro, o negócio vai ficar muito ruim". Essa pessoa ainda diz que professores ligados ao Centro de Estudos em Seguridade (CES), formado pelos irmãos Weintraub com o professor Ricardo Hirata Ikeda, que foi responsável por sua aprovação no concurso, estão "preocupadíssimos". "O assunto está tomando proporções muito sérias, podendo acabar com reputações inimagináveis", diz em outro trecho.

No Twitter, Weintraub conta que tem recebido mensagens de professores "falando de pressão do gabinete da reitoria, e de 'uma grande surpresa'". Em outro tuíte, o ministro desabafa: "Sinto que estão tentando me pressionar com mais mentiras".

A reportagem da Fórum revelou que o único professor que deu uma nota superior ao ministro no concurso da Unifesp, sendo diretamente responsável por sua aprovação, é o mesmo que, logo no primeiro ano de atuação de Weintraub na universidade, tornou-se sócio dos irmãos Abraham e Arthur em um centro de estudos que já lucrou R$ 45 milhões em um único contrato com o governo de Goiás utilizando irregularmente o nome da universidade federal.

Confira:

https://twitter.com/abrahamweint/status/1229176812917415937?s=21