Gleisi Hoffmann defende a criação de uma rede democrática de proteção solidária para minorias

"Tememos pela vida do presidente Lula. Não tem ninguém que possa definir o que pode acontecer com ele”, afirmou a presidenta da PT, durante coletiva nesta terça-feira (30)

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A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann concedeu uma entrevista coletiva na sede do Diretório Nacional do partido, nesta terça-feira (30), em São Paulo, depois de uma reunião da Executiva para decidir o que será feito após o anúncio da vitória de Jair Bolsonaro (PSL) nas urnas. Segundo ela, existe uma grande preocupação com a integridade física das pessoas, por conta de seus posicionamentos políticos ou por serem de alguma minoria. Por conta disso, será organizada uma rede democrática de proteção solidária para ajudar essas pessoas. De acordo com Gleisi, advogados do partido e aqueles que militam na área dos direitos humanos irão dar sempre uma resposta para denúncias de ataques aos direitos humanos, civis e democráticos. “Nos preocupa muito o que estão fazendo dentro das universidades. Vamos ter um lugar para que se possa denunciar”, afirmou a presidenta do PT. Além disso, Gleisi afirmou que o partido irá orientar suas direções estaduais para que procurem os movimentos sociais e façam plenárias para falar com as pessoas. O objetivo de criar uma resistência para “as questões que possam vir”, principalmente, a retirada de direitos da população. Internacionalmente falando, a presidenta do PT ressaltou que a imprensa do exterior já alertou no sentido de como será o governo de Bolsonaro e que será preciso articular uma força de resistência também fora do Brasil. Nesse contexto, Gleisi diz estar muito preocupada com a integridade física do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, depois de o presidente eleito ter dito que ele iria “apodrecer na cadeia”. “Tememos pela vida do presidente Lula. Não tem ninguém que possa definir o que pode acontecer com ele”, afirmou Gleisi, voltando a pedir um julgamento justo para Lula. A presidenta do PT também destacou que houve fraude nas eleições, uma vez que a campanha de Bolsonaro usou Caixa 2 para disseminar notícias falsas sobre o candidato Fernando Haddad (PT) em WhatsApp e nas redes sociais. “Temos uma ação na Justiça Eleitoral exatamente para investigar esses casos que nós consideramos fraude”, disse a petista, que também lembrou a importância que Fernando Haddad terá, daqui para frente, em relação ao partido. Acompanhem o vídeo da íntegra da coletiva: