Grampeado e acusado de comunista, delegado da PF que investiga laranjal do PSL em Minas pede para deixar o caso

Devido às exposições, o policial teria solicitado transferência para a área administrativa da Polícia Federal

O ministro do Turismo no governo de Jair Bolsonaro, Marcelo Álvaro Antônio. (Foto: Reprodução)
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O delegado responsável por chefiar as investigações sobre candidaturas de laranjas do PSL em Minas Gerais, caso que envolve a suspeita de caixa dois na campanha do ministro do Turismo de Jair Bolsonaro (PSL), Marcelo Álvaro Antônio, informou à Polícia Federal que deseja deixar todas as apurações que se desdobraram da denúncia inicial. Informação é de Daniela Lima, da Folha de S.Paulo. O policial teria solicitado transferência para a área administrativa da PF. Durante as investigações, ele chegou a ser grampeado por advogados, e os áudios depois foram usados em um vídeo que circulou nas redes acusando-o de ser “comunista”. O caso das candidaturas de laranjas veio à tona depois que Haissander Souza de Paula, ex-assessor parlamentar do ministro, disse em depoimento à PF que “acha que parte dos valores depositados para as campanhas femininas, na verdade, foi usada para pagar material de campanha de Marcelo Álvaro Antônio e de Jair Bolsonaro”. O ministro foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais no começo do mês, sob acusação dos crimes de falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa —com pena de cinco, seis e três anos de cadeia, respectivamente. Ele nega irregularidades.