Chamado de "fascistinha" em ato, Bolsonaro cancela visita à Mackenzie e se abriga em Comando Militar

No protesto, os estudantes criticaram a Ditadura Militar, instalada no golpe de 64, e protestaram contra Bolsonaro, que tem incitado manifestações para "comemorar" a instalação do regime no próximo dia 31

Estudantes fazem ato contra Bolsonaro no Mackenzie (Reprodução/Twitter)
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Depois de protesto de estudantes na Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo - em que foi chamado de "fascistinha" - na manhã desta quarta-feira (27), Jair Bolsonaro (PSL) cancelou a ida ao local e transferiu a agenda para o Comando Militar do Sudeste, também na capital paulista. No protesto, os estudantes criticaram a Ditadura Militar, instalada no golpe de 64, e protestaram contra Bolsonaro, que tem incitado manifestações para "comemorar" a instalação do regime no próximo dia 31. O protesto contra o presidente foi feito pelos alunos dentro e fora da universidade. Eles vestiam blusas vermelhas e levavam cartazes e adesivos com os dizeres "Ele não" e "estudantes contra Bolsonaro". Em vídeos publicados nas redes sociais, alunos chamam Bolsonaro de "fascistinha" e gritam "ditadura nunca mais". A visita de Bolsonaro à universidade estava programada para acontecer no início da tarde. Ele iria conhecer pesquisas da instituição com grafeno, material flexível e mais resistente do que o aço. Pela manhã, o evento já não constava na agenda presidencial. O compromisso chegou a ser divulgado na agenda do governador João Doria (PSDB), que também compareceria, mas foi removido. Bolsonaro, no entanto, foi recebido por Doria no aeroporto de Congonhas no início da tarde. Nossa sucursal em Brasília já está em ação. A Fórum é o primeiro veículo a contratar jornalistas a partir de financiamento coletivo. E para continuar o trabalho precisamos do seu apoio. Saiba mais.