Após revelações, Janot pode perder porte de arma e ser proibido de visitar o STF

Ex-procurador da República também poderá ser impedido de chegar perto de qualquer local em que Gilmar Mendes esteja

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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Depois das revelações de Rodrigo Janot, ex-procurador-geral da República, de que pensou em assassinar Gilmar Mendes, o próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) encaminhou um requerimento ao colega Alexandre de Moraes, que comanda o inquérito que investiga ameaças a integrantes da Corte, solicitando providências contra Janot. Em reportagens da Folha de S.Paulo, Veja e O Estado de S.Paulo, divulgadas nesta quinta-feira (26), o ex-PGR declarou que chegou a ir armado ao tribunal para matar Mendes, em 2017. Entre as providências que podem ser tomadas estão a retirada do porte de arma de Janot e a proibição de que ele visite a Corte, de acordo com informações de Mônica Bergamo, da Folha. Janot também poderá ser proibido de chegar perto de qualquer local em que Gilmar Mendes esteja. O ex-procurador relata o episódio em um livro de memórias, que está lançando neste mês, sem nomear Mendes. No entanto, ele conformou a identidade de seu alvo em declarações a veículos de imprensa. “Ira cega” “Num dos momentos de dor aguda, de ira cega, botei uma pistola carregada na cintura e por muito pouco não descarreguei na cabeça de uma autoridade de língua ferina que, em meio àquela algaravia orquestrada pelos investigados, resolvera fazer graça com minha filha”, diz Janot no livro. “Só não houve o gesto extremo porque, no instante decisivo, a mão invisível do bom senso tocou meu ombro e disse: não”, acrescenta.