Gilmar Mendes concede coletiva e chama Janot de "potencial facínora"

O ministro do Supremo Tribunal Federal defende a revisão de todas as denúncias feitas por Janot, ex-procurador-geral da República,, até mesmo as da Lava Jato

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF
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Em coletiva de imprensa concedida na tarde desta sexta-feira (27), o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), chamou o ex-PGR, Rodrigo Janot, de "potencial facínora", após a declaração dada pelo procurador de que ele assassinaria Gilmar. O ministro ainda declarou que não pretende judicializar o caso por representar, para ele, um problema psiquiátrico. Mais cedo, o magistrado sugeriu que Janot busque ajuda psiquiátrica. “Os senhores sabem que sempre fui, no STF, um crítico dos métodos do Janot. Era divergência intelectual, mas não imaginávamos que tivéssemos um facínora na PGR. Imagino que todos responsáveis por sua indicação devem pensar na alta responsabilidade de indicar alguém tão desprovido de condições para as funções envolvidas”, declarou o ministro. Questionado se pensa em judicializar o caso, Gilmar descartou, mas pregou uma ampla análise do que foi feito desde então no STF. “Não cogito, trata-se de um problema grave de caráter psiquiátrico. Mas isso não atinge apenas a mim, atinge todas as medidas que foram deferidas no STF. Isso tem que ser analisado pelo país”, disse. Lava Jato Segundo o ministro, as denúncias levantadas pela PGR na Lava Jato devem ser objeto de revisão. Para ele, elas precisam ser analisadas por terem sido feitas por "um tipo de pessoa com essa qualidade psicológica" Gilmar Mendes ainda defende um novo método de escolha do representante da Procuradoria. "Passaram a escolher pessoas que não tinham qualificação jurídica, moral e psicológica para exercer a função [na PGR]. O sistema político vai ter que definir, talvez abrir para uma nomeação entre os juristas do Brasil", pregou.