Redes sociais censuram campanha de candidato do PSOL em BH por defender legalização da maconha

Dário Moura, mais conhecido como Dário 4e20, candidato à Câmara de vereadores da capital mineira, foi banido do TikTok e recebeu punições severas de Instagram e Facebook

Dário Moura, mais conhecido como Dário 4e20 (foto: Facebook)
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A defesa da legalização da maconha é uma das principais plataformas de campanha de Dário Moura (PSOL-MG), candidato à Câmara dos Vereadores de Belo Horizonte. Porém, essas posições políticas não foram bem aceitas pelas redes sociais, que decidiram punir suas páginas.

O pior castigo aconteceu no TikTok, onde o perfil de Dário Moura – mais conhecido na capital mineira como Dário 4e20 – foi simplesmente banido.

No caso do Instagram e do Facebook, suas páginas não foram excluídas, mas foram impedidas de fazer anúncios e impulsionar propostas para atingir mais pessoas, o que também prejudica sua campanha – suas publicações comuns nessas plataformas não chegam sequer a 10% dos seguidores, razão pela qual precisa dos anúncios para ampliar a visibilidade da sua candidatura.

Em um comunicado de imprensa, Dário 4e20 reclamou que “essa censura é ilegal e dificulta candidaturas que trabalham pela legalização da maconha no Brasil, não apenas a minha”.

“Dependemos de impulsionamentos para fazer nossa campanha chegar nas pessoas. Ao bloquearem nossos anúncios, Facebook e Instagram impedem o exercício democrático do debate. Se não pudermos falar sobre esse tema durante uma campanha eleitoral, quando a discussão será feita?”, questiona o candidato e ativista pela legalização da maconha.

Dário considera que “o Facebook está abusando de seu poder e impondo seus valores privados à sociedade brasileira. Não cabe a nenhuma empresa o papel de censurar o discurso de um candidato a vereador no Brasil. O Facebook é obrigado a respeitar as leis brasileiras. Censurar uma pauta política é crime eleitoral”.

O candidato também lembra que já havia sido punido da mesma forma pelo Facebook, em 2018, quando foi candidato a deputado estadual e ficou proibido de fazer anúncios – na ocasião, ele ficou como segundo suplente do seu partido, o PSOL.

Outro candidato prejudicado com a mesma medida é André Barros, também do PSOL, candidato à Câmara do Rio de Janeiro.