O deputado estadual Alexandre Freitas (RJ), do Partido Novo, classificou como "vitimismo" a denúncia de racismo feita pelo jogador Gerson, do Flamengo, que foi agredido pelo meia colombiano Juan Pablo Ramirez com a frase “cala a boca, negro” durante partida contra o Bahia neste domingo (20).
"O Gerson (Fla) se sentiu ofendido por ter ouvido "cala boca negro". O vitimísmo tem feito com que as palavras "preto" e "negro" tenham sentido pejorativo a depender da entonação, deveriam ser sempre motivo de orgulho, especialmente quando saírem da boca de um imbecil", tuitou o deputado do Novo, recebendo uma enxurrada de críticas na rede.
Confrontado por um eleitor, que disse que ele perdeu seu voto, Freitas então atacou o meia colombiano, usando a nacionalidade do jogador junto a termo pejorativo.
"Eu não disse que foi mimimi, disse apenas que ele não deveria se abalar por um colombiano de bosta tê-lo chamado de negro", afirmou.
Irritado com as críticas, o deputado voltou a tuitar impropérios ao comparar o "cala boca, negro", ouvido por Gerson, com um "cala a boca, branco", que não afetaria sua autoestima e falando de "pretos de sucesso".
O tuíte foi novamente contestado na rede. "Com todo respeito, acho injusto tentarmos definir quem são os pretos de sucesso. Todos podem ter opinião, mas definir o que sucesso para os pretos. Acho complicado um preto fazer isso, mais complicado ainda quem não é", comentou um seguidor.
Freitas ainda respondeu com um meme da série estadunidense "Todo mundo odeia o Chris" a outras críticas recebidas na rede.