Política liberal de Paulo Guedes sufoca Ministério da Saúde, que já prevê fim do Farmácia Popular

Considerado como “despesa não obrigatória”, o programa atende mais de 20 milhões de pessoas, com medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto

Foto: Agência Senado
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A nova vítima da política de desmanche de Paulo Guedes e toda a equipe econômica de Jair Bolsonaro é o Farmácia Popular. O programa está ameaçado de extinção por falta de recursos. Quem alerta é o próprio Ministério da Saúde.

A pasta, inclusive, já pediu ao Ministério da Economia a liberação de mais verbas para a manutenção do programa, de acordo com reportagem de Manoel Ventura, em O Globo.

A previsão é que o Ministério da Saúde tenha orçamento total de R$ 136,7 bilhões em 2021.

A maior fatia desse valor pertence a despesas obrigatórias, que não podem ser cortadas pelo governo. A outra são chamadas de “despesas não obrigatórias”.

Entre essas últimas, está o Farmácia Popular, responsável pelo atendimento de mais de 20 milhões de pessoas no país, com medicamentos gratuitos ou com até 90% de desconto.

Aos poucos

Como o orçamento para 2021 ainda não foi aprovado, o Ministério da Economia liberou as despesas não obrigatórias aos poucos. Por isso, segundo o Ministério da Saúde, a pasta só pode usar R$ 12 milhões mensais.

O Farmácia Popular e o programa Academias de Saúde, por exemplo, custam, juntos, R$ 39,9 milhões por mês, de acordo com a pasta.