Celebrações pró-ditadura naufragam nas redes sociais

"O bolsonarismo até tenta pautar a narrativa, mas cada vez mais não tem o menor controle sobre ela", analisou Pedro Barciela

Jair Bolsonaro - Foto Marcos Corrêa/PR
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Levantamento feito pelo analista de dados Pedro Barciela mostra que as manifestações de apoio à ditadura militar nesta terça-feira (31), data em que o golpe de 1964 completou 57 anos, foram muito menores que as críticas ao período ditatorial, demonstrando a redução da força do bolsonarismo nas redes.

"Debate sobre a ditadura aqui no Twitter. O bolsonarismo até tenta pautar a narrativa, mas cada vez mais não tem o menor controle sobre ela. Mais curioso ainda se analisarmos as últimas semanas, quando esse movimento tem se tornado cada vez mais recorrente", afirmou Barciela em publicação feita no Twitter.

O estudo detalhado foi publicado na Carta Capital e mostra que apenas 19,64% dos usuários e 27% das conexões foram favoráveis à ditadura, apesar da variedade de tags que o bolsonarismo tentou emplacar: #viva64, #feliz31, #salve31, #viva31demarço.

"Essa incapacidade de controlar a narrativa das próprias pautas já aconteceu com a vacina, com o lockdown, com a interferência nas forças armadas e agora também com o golpe de 64", afirmou. "Outra questão que precisa ser destacada é: eles também não estão conseguindo impor a chamada ‘cortina de fumaça’, ou seja, criar factóides para desviar pautas negativas para o presidente”, completou.

O presidente Jair Bolsonaro havia se mantido em silêncio por todo o dia e só foi se manifestar sobre o tema à noite.

Confira aqui o levantamento completo

https://twitter.com/Pedro_Barciela/status/1377366407797637124