O ex-ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, ganhou uma "licença-prêmio por assiduidade" do Ministério de Relações Exteriores e só retorna ao trabalho em 90 dias. O salário dele será mantido durante esse tempo. A portaria foi publicada no Diário Oficial nesta segunda-feira (24) e vale a partir de 2 de junho.
Ao deixar o cargo de ministro e ser substituído por Carlos França, Araújo foi contemplado com um cargo administrativo dentro do Ministério de Relações Exteriores. Contudo, segundo reportagem de Jamil Chade, no UOL, a presença do ex-chanceler no Itamaraty era alvo de desconforto. Agora, ele só volta a trabalhar em agosto.
O governo de Jair Bolsonaro avaliava realocar o ex-ministro no cargo de embaixador do Brasil perante a OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), em Paris.
O cargo não exige que a pessoa indicada seja sabatinada pelo Senado, o que favorece o ex-ministro. Foi o próprio Araújo quem criou o cargo, em 2019. Contudo, ainda não há uma decisão final sobre o posto em Paris.