INTOLERÂNCIA

Produtos nazistas são vendidos no Mercado Livre

Brasões do exército hitlerista são vendidos para serem bordados; empresa ainda não se pronunciou

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Brasões do exército nazista, para serem bordados na roupa, são comercializados pelo Mercado Livre. A denúncia partiu do vereador Leonel Radde (PT-RS), que postou em suas redes imagens com os produtos à venda.  

De acordo com o parlamentar, os brasões são produzidos pela Toca do Bordado, loja localizada em Gravataí (RS). O vereador também revelou que as medidas judiciais cabíveis já foram tomadas. 

A reportagem entrou no site do Mercado Livre e pôde conferir que um dos produtos alvos da denúncia do vereador, o brasão do exército hitlerista já não estava mais disponível para venda, mas os outros ainda continuam disponíveis para compra no portal. 

O Mercado Livre informa que o anúncio foi excluído e o vendedor, suspenso da plataforma. E enviou a seguinte nota:

"O Mercado Livre esclarece que, conforme preveem os seus Termos e Condições e Uso, é proibida a venda de produtos que pregam a violência e a discriminação e isso inclui itens não informativos, relacionados ou que fazem apologia ao nazismo. Diante disso, assim que identificados, tais anúncios são excluídos e o vendedor notificado. A empresa mantém ainda convênio com o World Jewish Congress, organização que representa os interesses da população judaica em todo o mundo, por meio do qual o Mercado Livre e a organização são aliados no combate ao discurso de ódio racial e anti-semitismo a partir da troca de informações, monitoramento, análise e exclusão de anúncios considerados proibidos nos 18 países onde opera. A empresa informa ainda que trabalha de forma incansável para combater o mau uso da sua plataforma, a partir da adoção de tecnologia e de equipes que também realizam buscas manuais. Além disso, a plataforma atua rapidamente diante de denúncias, que podem ser feitas por qualquer usuário, por meio do botão “denunciar” presente em todos os anúncios. Ressalta ainda que, apesar de não ser responsável pelo conteúdo gerado por terceiros, conforme prevê o Marco Civil da Internet e a jurisprudência consolidada do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para plataformas de intermediação, investe e atua no combate à venda de produtos proibidos, a fim de garantir o cumprimento das suas políticas e da legislação, auxiliar as autoridades na investigação de irregularidades e para oferecer a melhor experiência aos usuários."