APURAÇÃO

Empresário bolsonarista confirma que pagou reforma em escritório de Jair Renan

“Isso que o 04 fez e continua fazendo é crime de tráfico de influência. É uma família de meliantes que se lambuza na mamata”, diz Orlando Silva

Jair Renan está sendo investigado.Créditos: Reprodução
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O deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP) usou as redes sociais, nesta sexta-feira (13), para destacar que Jair Renan, o filho 04 de Jair Bolsonaro (PL), cometeu crime de “tráfico de influência”.

A reação ocorreu depois que o empresário bolsonarista Luís Felipe Belmonte declarou à Polícia Federal (PF) que pagou R$ 9,5 mil para a reforma do escritório de Jair Renan, em Brasília.  

“O empresário Luis Felipe Belmonte confirmou à Polícia Federal que pagou a reforma do escritório de Jair Renan, filho de Bolsonaro. Isso que o ‘Zero Quatro’ fez e continua fazendo é crime de tráfico de influência. É uma família de meliantes que se lambuza na mamata!”, publicou Orlando no Twitter.

A declaração foi feita no âmbito do inquérito que investiga suspeitas de tráfico de influência envolvendo o filho do presidente junto ao governo federal.

Belmonte ganhou notoriedade por coordenar a montagem do partido Aliança para o Brasil, legenda idealizada por Bolsonaro e que acabou não decolando.

Segundo O Globo, Belmonte afirmou à PF que o pedido para que ele pagasse a reforma da sala comercial teria sido feito por Jair Renan e pelo personal trainer Allan Lucena, amigo pessoal e parceiro de negócios do 04.

Delegado da PF que investigava 04 é rebaixado

Os tentáculos de Jair Renan são longos. O delegado Hugo de Barros Correa, que até então era superintendente da PF no Distrito Federal, foi rebaixado e passou a ser responsável pela implementação interna do plano de saúde. A queda repentina de Correa se deu justamente após ele investigar o 04.

O filho do presidente é investigado pela PF por suposto crime de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.

Ele teria atuado, em novembro de 2020, para que o grupo empresarial Gramazini conseguisse duas reuniões no Ministério do Desenvolvimento Regionais para tratar de um projeto de construção de casas populares.