A Comissão Externa Temporária do Senado, criada para investigar o caso do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo, deve se reunir na segunda-feira (20). O objetivo é escolher presidente, vice e relator, além de definir o plano de trabalho.
O pedido de criação da Comissão, feito pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), foi aprovado pelo plenário na segunda-feira (13).
“Na reunião formal do dia 20 teremos uma definição logística e estrutural da viagem ao interior do Amazonas e, também, um encaminhamento mais completo sobre como a comissão atuará durante os próximos dois meses”, explicou Randolfe.
A intenção também é investigar o aumento dos casos de violência na Amazônia e omissões na proteção de ativistas ambientais. “Não podemos permitir a continuação desses ataques a comunidades tradicionais e defensores da preservação da floresta”, afirmou o parlamentar.
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente do Parlamento Amazônico (Parlamaz), divulgou que fará parte da comissão.
“Precisamos esclarecer à sociedade o que houve. Eu sou presidente do Parlamaz, são oito países que têm território amazônico e os parlamentares internacionais também estão me demandando. Urge que essa comissão organize sua estrutura e seu plano de trabalho e uma visita local para a gente sentir o que está acontecendo. É diferente você ir lá e sentir o que está se passando”, disse Nelsinho Trad.
De acordo com informações da Agência Senado, além de Randolfe Rodrigues e Nelsinho Trad, confirmaram que farão parte da comissão os senadores Telmário Mota (Pros-RR), Eliziane Gama (Cidadania-MA), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Velloso (União-AC).
Câmara dos Deputados também terá comissão
O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (15), a criação de uma comissão externa para acompanhar, fiscalizar e propor providências sobre o caso de Bruno e Dom.
A proposta aprovada foi apresentada pela deputada Joenia Wapichana (Rede-RR) e outros 12 parlamentares.
“Diante de toda a escalada de violência contra povos indígenas, apoiadores e protetores ambientais, a Câmara tem o dever de acompanhar esse caso”, destacou a deputada à Agência Câmara.