INVESTIGAÇÃO

Moro defende Dallagnol, parceiro de abusos na Lava Jato: “Arbitrariedade”

O ex-juiz, considerado suspeito e parcial pelo STF, se solidarizou com Dallagnol e Rodrigo Janot, condenados pelo TCU na “farra das diárias e passagens”

Os velhos amigos Deltan Dallagnol e Sergio Moro.Créditos: Reprodução/Twitter Moro
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Sergio Moro (União Brasil), o ex-juiz classificado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como suspeito e parcial, correu às redes sociais, nesta terça-feira (9), para defender seu parceiro nas ações arbitrárias da Lava Jato, o ex-procurador Deltan Dallagnol.

“Onde estão os falsos garantistas e pseudo democratas do clube da impunidade que se calam diante da arbitrariedade da decisão do TCU contra Deltan Dallagnol? Impunidade só vale para verdadeiros corruptos, não é?”, publicou no Twitter.

Antes, Moro já tinha postado: “Minha solidariedade ao Deltan Dallagnol e ao Rodrigo Janot contra a decisão absurda do TCU no caso das diárias. Recorram e judicializem. O abuso não pode prevalecer. A Lava Jato recuperou 6 bilhões de reais para a Petrobras. Questionar diárias pagas legalmente e com causa é uma piada”, disse, esquecendo dos inúmeros abusos que cometeu durante a Lava Jato e dos enormes prejuízos que causou ao país.

Condenação foi por unanimidade

A Segunda Câmara do TCU condenou, nesta terça (9), Dallagnol, Janot e o procurador João Vicente Romão. O resultado foi unânime, ou seja, o relatório do ministro Bruno Dantas foi aprovado por 4 votos a 0.

Com isso, eles terão de devolver R$ 2,8 milhões aos cofres públicos. Janot e Dallagnol declararam que vão recorrer da decisão.

O TCU investiga desde 2020 a “farra das diárias”, averiguando gastos no âmbito da força-tarefa da Lava Jato com passagens aéreas e diárias.

Bruno Dantas, em 2021, acatou representação do subprocurador Lucas Furtado, do Ministério Público (MP) junto ao TCU, e determinou um pente-fino nos gastos da Lava Jato com viagens e diárias.

Ele concluiu que houve prejuízo ao erário e violação ao princípio de impessoalidade, com a adoção de um modelo “benéfico e rentável” aos integrantes da Lava Jato.